Roleplay of legends
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Necis
Necis
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Data de inscrição : 30/09/2018

Demacia Empty Demacia

Seg Out 01, 2018 11:12 pm
Demacia Image_12

Demacia é uma forte sociedade com uma história militar prestigiosa. Nesta nação são valorizados os ideais de justiça, honra e dever e seu povo é bastante orgulhoso. Demacia é uma sociedade agrária autossuficiente, com abundantes terras de cultivo férteis, florestas densas e montanhas ricas em recursos minerais. É inerentemente defensiva e insular, em parte devido aos ataques frequentes de bárbaros, saqueadores e civilizações expansionistas. Há quem diga que a Era de Ouro de Demacia já passou e que se não se conseguir adaptar a um mundo em desenvolvimento - algo que muitos acreditam que não é possível - o seu declínio é inevitável. Ainda assim, Demacia continua a ser uma das nações mais poderosas de Valoran e ostenta o melhor e mais bem treinado exército de toda Runeterra.

  Governo  
  Nível de Tecnologia  
  Ambiente Geral  
  Idioma  
  Monarquia Feudal   
  Médio  
  Campos Férteis  
  Vários  


Última edição por Necis em Seg Nov 26, 2018 8:03 pm, editado 3 vez(es)
Sanguinia
Sanguinia
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Data de inscrição : 30/09/2018

Demacia Empty Re: Demacia

Sáb Out 06, 2018 3:46 pm


Champions presentes: Graves, Sona, Lucian, Lux






- SEGUNDA-FEIRA, TARDE -

Graves
Local: Capital

Graves passou o portal de braço dado com Sona e surgiu do outro lado sentindo a brisa fresca do mar. Olhou em volta e verificou que estava junto a um porto natural com vista para o mar. O chão que pisava de pedra trabalhada nada tinha a ver com a cidade de onde tinha vindo apesar do aroma ser parecido.
- Então é aqui que tu moras? - Perguntou a Sona

Sona
Local: Porto, Capital

Ao sair para o outro lado do portal, senti imediatamente o cheiro a maresia e respirei fundo. Todos os sons, cheiros e paisagens eram familiares e, apesar de passar muito tempo dentro da minha mansão e apenas sair praticamente para os meus concertos e algumas formalidades, sentia-me em casa.
Perante a pergunta de Graves, retirei o meu caderno de Etwahl e escrevi:
- Sim, é aqui que moro. Temos ainda que caminhar um pouco.
Na altura em que Lestara ainda estava viva, normalmente andávamos sempre em carruagens de um lado para o outro. Mas eu ainda nem sequer sabia como tinham ficado os seus negócios e os seus clientes. Será que eles me reconheciam agora como a nova proprietária e, por isso, fariam tudo o que eu pedisse tal como ela fazia?
Decidi não arriscar e, apesar de estarmos super carregados, comecei a caminhar. Felizmente não morava muito longe dali. A mansão de Lestara - que agora era minha - encontrava-se localizada no meio da capital, numa das zonas mais ricas.
Levando Graves pelo braço, fomos caminhando juntos. Queria fazer-lhe uma visita guiada da minha cidade natal mas visto que era muda, era impossível. Escrever tudo no caderno era demasiado cansativo.

Graves
Local: Banca de fruta no porto

Enquanto caminhávamos passamos por uma banca de fruta mesmo à saída do porto.
Pousei a mala e olhei para as variadas frutas que lá haviam e uma manga chamou-me à atenção.
Quanto custa essa manga - Perguntei ao vendedor

Marquis
Local: Banca de fruta no porto

Boa Tarde - Disse o vendedor - Essa custa 2 moedas de prata vai querer?

Graves
Local: Banca de fruta no porto

Coloquei as mãos em ambos os bolsos e vi que não tinha dinheiro algum comigo.
Sona tens algumas moedas contigo?-Perguntei à minha companheira.

Sona
Local: Banca de fruta no porto

Fui observando a expressão de Graves enquanto caminhávamos pelas ruas do porto de Demacia. Esta zona tinha muitas tavernas, alguma prostituição (ilegal, claro) e muitos marinheiros à procura de diversão. Será que era parecido com a terra natal dele?
Entretanto, Graves parou numa banca de fruta e perguntou ao vendedor quando custava a manga. O preço da mesma era um pouco elevado. Normalmente quem fazia as negociações era Lestara. Mas não me parecia que o vendedor me fosse levar a sério quando falasse com ele a partir de um caderno.
Ansiosa por pousar as minhas coisas em casa, procurei a minha carteira dentro de uma das malas. Tirei de lá as duas moedas de prata e entreguei-as a Graves. Se fosse preciso mais só tínhamos que passar no banco de Demacia.

Graves
Local: Banca de fruta no porto

Sona passou-me as duas moedas que entreguei ao vendedor.-Aqui tem.

Marquis

O vendedor recebeu o dinheiro com um sorriso nos lábios. Pegou na manga e enrolou-a numa espécie de papel acastanhado - Aqui tem a sua manga faça bom proveito. Obrigado e resto de bom dia. Disse e quanto esticava a mão com a manga.

Graves
Local: Banca de fruta, Capital


Boa tarde - disse ao receber a manga. Voltei para junto de Sona e passei - lhe a manga para as mãos - existe algum sitio onde nos podemos sentar à saboreá-la? - Dizia enquanto com muito esforço pegava na mala.

Sona
Local: Banca de fruta, Capital

Pelos vistos as intenções de Graves eram parar um pouco para comer a manga. Pousei o fruto em cima do meu instrumento, de maneira a ficar com as mãos livres. No entanto, ela ia rebolando e isso fez com que eu acabasse mesmo por simplesmente segurá-la com as duas mãos. Como tinha mãos pequenas, não conseguia agarrá-la com só uma.
Olhei em volta e avistei um banco de pedra à sombra de uma casa. Apontei para o sítio e caminhei até lá. Pousei as minhas coisas no chão e senti uma dor de costas incómoda. Estiquei-me o máximo que podia e desapertei o pequeno casaquinho que vestira por cima do meu vestido. Em Demacia não fazia frio como na Academia e eu já estava a começar a suar.
Sentei-me finalmente no banco e estendi a manga para Graves. Não sabia como é que ele ia fazer aquilo, nem sequer tínhamos talheres connosco!

LUCIAN
Local: Porto, Capital

Assim que saí do Portal deixei de sentir o frio e comecei a sentir o calor que provinha do sol, era possível ouvir o som de ondas e gaivotas. Estava no porto da capital de Demacia. Ao longe, via-se grandes torres de pedra branca e mármore assim como bandeiras majestosas pelos parapeitos da cidade. Parecia tudo tão diferente e no entanto tão igual, mas uma coisa era certa não fazia a mínima ideia do caminho para o palácio do Rei e o melhor a fazer era perguntar a um dos habitantes. Aproximei-me de uma barraca que vendia artigos de pesca e perguntei:

- Boa tarde, por acaso sabe dizer-me o caminho para o palácio Rei?
- Veio de um Portal!? - respondeu o velho.
- Sim, mas sabe o cami... - continuei sendo interrompido por um monte de perguntas.
- É magico? Pratica Magia? De onde vem? Como se chama? -continuou o velho.
- Sim, sim, longe, Lucian, mas sabe dizer-me como vou para o palácio? - respondi-lhe tentando manter a calma.
- Informação é dinheiro meu filho, nem toda a gente sabe ond.. - disse o velho sendo interrompido por mim.
- Ok - respondi virando rapidamente as costas.

De certo que mais alguém devia saber, caminhei mais um pouco e notei em duas caras familiares, eram Sona e Graves que se encontravam sentados num banco a comer, aproximei-me deles e cumprimentei-os.

- Boa tarde! Também por aqui? Eu já não venho a Demacia à bastante tempo, mas nenhum de vocês sabe como ir ter ao palácio do Rei? - perguntei. Bem que se não souberem e toda a gente levar dinheiro ia perder umas boas horas a reconhecer a capital.

Sona
Localização: Banco de pedra, Capital

Ainda estava à espera que Graves fizesse algo quando ouvi alguém a dirigir-se a nós como se nos conhecesse. Vi então o homem de pele negra que era nosso colega na Academia. Nunca o vira por Demacia antes e tinha a certeza absoluta que teria reparado nele.
Peguei no meu caderno e comecei a escrever:
- O palácio do Rei está exactamente no centro da capital. As ruas são circulares portanto só tens que seguir sempre para o centro delas. Já agora, como te chamas? - entreguei-lhe o caderno.
E o que quereria ele do Rei?

Graves
Local banco de pedra, capital

Sona passou-me a manga para as mãos ao mesmo tempo que uma cara conhecida se aproximou de mim.
Fiquei a olhar para ele pois não me lembrava do nome. - prova tu primeiro - disse à Sona sorrindo após descascar parte da manga e cortar um pedaço com a minha navalha. - também és servido? - perguntei ao rapaz negro

LUCIAN
Local: Banco de Pedra, Capital

Enquanto esperava por uma resposta Sona retirou um caderno e começou a escrever, quando me deu para a mão estava escrito que o palácio encontrava-se no centro da capital e que para ir lá era só seguir as ruas. Devolvi o caderno e agradeci.
- Obrigado. Chamo-me Lucian, já tivemos juntos em algumas aulas. E sim, um pedaço vinha mesmo a calhar. - respondi enquanto era servido.
- Vocês vieram visitar a cidade ou vieram, como eu, aproveitar para tratar de assuntos pessoais? - perguntei metendo conversa.

Sona
Localização: Banco de pedra, Capital

Contra tudo o que eu estava à espera, Graves sacou de uma navalha e cortou a manga, passando-me um pedaço para as mãos a seguir. Eu fiquei alguns segundos a olhar para aquilo, sem saber muito bem o que fazer. Ia sujar as minhas mãos no meio da rua, ainda por cima sem guardanapos por perto. Como é que ia pegar no caderno e escrever? Não ia limpar-me ao meu vestido, nem pensar!
Comi o pedaço de manga enquanto olhava em volta, com receio que alguém me reconhecesse a comer fruta daquela maneira ali no meio.
O rapaz negro acabou por se apresentar como Lucian mas agora, de mãos sujas, eu não tinha como lhe responder. Encarei Graves, à espera que ele lhe explicasse tudo.

Graves
Local: Banco de pedra, Capital

Eu vim de visita com a Sona. Que assuntos vieste tratar com o rei? não me digas que és um principe - Respondi-lhe enquanto trincava uma fatia de manga e passando outra a Sona.

LUCIAN
Localização: Banco de pedra, Capital

Sona parecia um pouco aflita enquanto comia a sua fruta e Graves respondeu que vinha de visita com ela, acabei por sorrir mas a minha expressão mudou logo devido à sua pergunta. Eram assuntos pessoais que não queria nada estar a revelar num sitio destes.
- hmm digamos que foi de uma missão que tive antes de ir para a Academia, só que nunca cheguei a reporta-la ao Rei. - respondi-lhe.
O sol já se punha e o melhor era apressar-me.
- Bem, está a ficar tarde e é melhor despachar-me, vejo-vos por aí! - disse despedindo-me.
- Ah e Sona, toma! - disse enquanto lhe estendia um lenço branco que trazia comigo, era novinho bordado à mão com o símbolo Demaciano no centro.
De seguida parti em direcção ao palácio do Rei.

Sona
Localização: Banco de pedra, Capital

Graves acabou por lhe responder. E, pelos vistos, ele também tinha ficado curioso com o que Lucian queria com o rei. Este mostrou-se misterioso, provavelmente eram assuntos pessoais e nós estávamos a ser demasiado curiosos. Que falta de educação da nossa parte!
Enquanto isso, Graves estendeu-me mais um pedaço de manga e eu tentei levá-la à boca sem pingar nada. Estava a ser uma tarefa difícil mas não queria mesmo sujar o meu vestido nem ser reconhecida. Não conseguia perceber este "à vontade" de Graves em sujar-se à frente de toda a gente. Provavelmente era só mais um dos pormenores que eu ainda não conhecia nele.
Entretanto, Lucian despediu-se e, para minha surpresa, entregou-me um lenço lindíssimo com o brazão de Demacia. Sorri-lhe e limpei as mãos e a boca, enquanto o via a afastar-se. Pelos vistos ele era mais do que aparentava pois tinha-se apercebido da minha dificuldade. Será que vinha de uma família nobre?
Cansada de estar parada e ansiosa para chegar a casa, levantei-me do banco e fiz sinais a Graves de que estava com pressa.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

- Woooooaa! - exclamou a criança enquanto sacudia das suas roupas os fragmentos de vidro que a elas se tinham agarrado depois de partir e entrar por uma das janelas da mansão.
Ali abriu a boca de espanto e os seus olhos brilhavam com cada pormenor que absorviam naquela que sem dúvida seria a maior casa onde alguma vez estivera. Terminado o fascínio inicial e com muita relutância por não poder ficar ali especado para sempre, Ali começou pelo sítio onde estava à procura de algo de valor: moedas, jóias, talheres de prata...
Vasculhou em gavetas e armários e em todos os sítios que, por experiências passadas, sabia que poderiam servir de esconderijo a bens valiosos, e meteu aos bolsos o máximo que eles podiam levar.
Sempre que mudava de divisão, fazia qualquer coisa que o divertisse. No hall de entrada fingiu ser um lorde a receber os seus convidados com vénias exageradas e uma voz toda pomposa; no quarto pinchou e deu cambalhotas na cama, deixando os lençóis num desalinho; na sala rodopiou e rodopiou até ficar tonto; e na cozinha...
- Woooooaa! - exclamou ao abrir a despensa da comida.

Graves
Localização: Saída do porto

Despedi-me do rapaz negro com um aceno enquanto ele dava um lenço a Sona. Pelo aspecto do lenço parecia realmente que ele era mais rico do que aparentava no exterior. E no final de contas ele ia ter com o rei. Será que esta cidade é só pessoal do dinheiro?
Sona levantou-se enquanto eu estava a finalizar a manga e fez me sinal para a seguir. Fui seguindo atrás dela pelas ruas movimentadas do porto.

Sona
Localização: Mansão Buvelle

Finalmente, Graves levantou-se e recomeçámos o caminho para minha casa. Queria dar-lhe a mão mas as malas que carregava não davam muito espaço para manobra. Com algum esforço, fui-me aproximando dele devagar, tentando não dar muito nas vistas. Mas com Etwahl ao peito também não me conseguia aproximar tudo o que queria. Aborrecida, suspirei. Felizmente, estávamos mesmo a chegar.
Demacia estava organizada de uma maneira muito simples. Sendo o palácio no centro, as ruas eram circulares e cada vez maiores, indo os círculos crescendo. Quanto mais longe as ruas estavam do centro, mais pobres eram as casas. A mansão Buvelle estava apenas a dois círculos de distância do palácio.
Quando lá chegámos, vi que uma das janelas estava partida. Aflita, fiz sinais a Graves e apontei para ela. Com as mãos a tremer, procurei pelas chaves na minha mala e depois enfiei-as na fechadura, abrindo a porta de entrada de rompante.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

Ali tinha finalmente encontrado a sua divisão favorita, portanto a paragem era obrigatória. Percorreu com o olhar toda a comida contida na despensa e escolheu tudo aquilo que julgava ser delicioso. Sentou-se então no chão, mesmo em frente ao armário, e saciou a fome de forma selvagem.
Encontrava-se deitado no chão de barriga para cima e braços cruzados atrás da cabeça, como que a descansar do que acabara de fazer, quando o barulho do seu maior medo ecoou pela mansão vazia até chegar ao piso térreo, onde se encontrava.
Ali mal queria acreditar nos seus ouvidos. Tinham-lhe dito que a actual moradora da mansão tinha partido e que poderia levar muito tempo até que regressasse. Ele próprio tinha vigiado a casa durante dias e confirmara que ninguém estava a morar nela. Não conseguia acreditar que esse período de ausência acabara de findar. Logo no dia em que ele decidira avançar com o assalto!!
Levantou-se do chão de rompante e correu pela cozinha, atarantado. Já não podia sair por onde entrara, pois a sala ficava no piso de cima, que agora provavelmente estaria ocupado pela dona, portanto restava-lhe arranjar um sítio onde se pudesse esconder até conseguir escapulir-se. E rápido!
Com a agilidade típica de um rapaz da sua idade, Ali enfiou-se na despensa dos materiais de limpeza, onde se agachou atrás dos baldes e se cobriu com as varas das vassouras e esfregonas. Não era uma posição confortável e ele temia que não se conseguisse manter ali por muito tempo, mas naquele momento apenas rezava para que a dona da casa fosse daquelas ricalhaças alérgicas a panos do pó.

LUCIAN
Localização: Palácio Real

Após vários minutos a caminhar por ruas que me traziam a sensação de nostalgia dei de caras com o grande palácio. Ajeitei as minhas roupas e comecei a subir os inúmeros degraus até aos enormes portões onde se encontravam dois guardas à entrada.
- Boa tarde, gostaria de falar com o Rei. - disse para um deles.
- O Rei encontra-se ocupado neste momento, é urgente? Como se chama? - perguntou o guarda.
- Bastante, Lucian. - respondi.

O guarda preparou-se para entrar e, provavelmente avisar o rei, mas o outro que ficou a analisar-me o tempo todo deu-lhe um toque nas costas e foi por ele.

Leonardo Domitian
Localização: Entrada, Palácio Real

O Sol estava-se a por e tinha sido mais uma tarde bem passada às portas do palácio sem fazer um caralho, e ainda hoje é segunda-feira. De repente aparece a vir das escadas uma figura que me despertou bastante atenção, era um homem negro de cabelos compridos com umas roupas fora do vulgar e duas armas em cada perna. Não havia margem para dúvidas, sabia muito bem o que ele era, mas pensava que era apenas um mito.

O homem falou com o meu colega Bruno e disse que queria falar com o Rei, que era urgente e se chamava Lucian. Antes que Bruno pudesse reagir dei-lhe um toque nas costas.
- Eu vou. - sussurrei-lhe.

Entrei no palácio não com o objectivo de ir ter com o Rei mas sim com o Cardeal, o homem que me tinha falado neles, nos Purificadores.

LUCIAN
Localização: (???), Palácio Real

Ao fim de vários minutos à espera o portão abriu-se ligeiramente e o guarda fez-me sinal para entrar. Entrei no palácio e ao lado dele encontrava-se um velho com umas vestes vermelhas e um colar dourado, parecia bastante religioso.

- Seja bem-vindo de volta meu filho. - disse o velho. - O Rei não se encontra disponível neste momento mas apesar de provavelmente não se lembrar de mim sou quem procura. Siga-me. - disse o velho que antes de conseguir responder começou a caminhar pelo palácio a dentro.

Algo parecia não estar bem mas junto com o guarda segui o velho e andamos vários minutos por corredores que nem imaginava que existiam, o palácio era bem maior do que pensava. Ao fim de passar um corredor quase sem iluminação descemos bastantes escadas em pedra que dava a uma pequena porta de madeira.

- Chegamos, aqui podemos falar em privado. - disse o velho enquanto abria a fechadura com uma chave de ferro.

O chiar da madeira enquanto a porta se abria provocava-me arrepios, entramos e a divisão era bastante escura, não conseguia ter a percepção do tamanho dela. O guarda fechou a porta atrás de mim com um enorme estrondo e o velho acendeu uma tocha ficando a olhar para mim com uma expressão vazia como se estivesse à espera de algo. Virei as costas na direcção do guarda e já era tarde demais, senti algo a bater-me na cara com bastante força fazendo-me perder o equilíbrio. Caí no chão com uma enorme dor de cabeça, tinha a visão turva e não conseguia ouvir nada, apenas um som fino e penetrante.

- Não era suposto voltares... - falou o velho com uma voz fria.

De seguida senti mais um forte golpe na minha nuca e tudo ficou completamente escuro, a última coisa que me lembro foi do meu corpo ser arrastado.

Graves
Local: Mansão Buvelle
Fui-me arrastando ao lado de Sona sofrendo a cada passo que dava. Parecia que a casa dela ficava a quilómetros de distância. Enquanto andávamos não pude deixar de reparar que à medida que avançávamos na cidade as casas iam-se tornando cada vez mais pomposas e bem arranjadas. Chegamos a um ponto que já nem a construção das ruas era sequer parecida ao porto. Parecia que estávamos a viajar numa rua do dinheiro, e cada vez mais nos aproximávamos de onde ele havia em maior quantidade. Sona finalmente parou em frente de uma mansão gigantesca. Pousei quase de imediato a mala gigante no chão enquanto olhava maravilhado para a fachada que se encontrava à minha frente. Ainda perdido na beleza daquela casa Sona olhou para mim com uma cara super aflita e a apontar para uma das janelas. Percebi de imediato o que se passava. Alguém tinha entrado pela casa a dentro.

Peguei de imediato na Destiny, tirando-a do meu ombro e assim que Sona abriu a porta fiz-lhe sinal com a mão para se manter do lado de fora.
Entrei devagar olhando para os dois lados da porta. Ninguém. Unicamente um corredor comprido ladeado com duas portas. Abri ambas de par a par e não vi nada tudo parecia que não era mexido à bastante tempo. Quando o corredor desbocou num grande salão olhei para trás e Vi Sona a olhar pela porta. Acenei-lhe para ela vir devagar para ao pé de mim. Precisava de alguém que conhecesse a casa e percebe-se se alguma coisa estava diferente.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Graves pegou na sua arma e fez-me sinal para me manter ali. Quando chegou ao salão, onde normalmente se faziam os jantares quando tínhamos convidados - o que não acontecia muito -, fez-me sinal para entrar.
Depois de o fazer pousei tudo no chão, à entrada, inclusive Etwahl. Fiquei apenas de caderno e caneta na mão, aproximando-me de Graves. Infelizmente eu não tinha a mesma capacidade que ele para caminhar que nem uma pena e os meus sapatos com um ligeiro salto também não ajudavam, fazendo barulho no chão. Se alguém estivesse lá dentro, já nos teria ouvido de certeza.
Peguei no caderno e escrevinhei o mais depressa que conseguia:
- Lá em baixo são as cozinhas, a dispensa e os quartos dos empregados. Lá em cima estão os quartos, a minha sala de treino e o cofre. Se levaram alguma coisa de valor, devem ter ido lá acima. Se procuram comida, devem ter ido lá abaixo. - estava a ficar desesperada enquanto escrevia. - Eu não esperava que toda a gente que trabalhava cá tivesse simplesmente desaparecido. Deixaram a minha mansão ao abandono! Deve estar tudo destrancado!
Menos o cofre. Só Lestara e eu sabíamos a combinação do cofre, felizmente.

Graves
Localização: Mansão Beuvelle
Sona passou-me o caderno e nele pude ler o que temia. Tinham um cofre naquela casa "Diz-me qual é a porta do cofre".
Subi rapidamente as escadas fazendo sinal a Dona apontando para cada porta até Sona dizer-me qual era. Entrei lá dentro mas não vi cofre nenhum. Apenas gavetas abertas e tudo vasculhado. Procurei em mais uns quartos e o cenário era o mesmo. Voltei a descer as escadas já com suor a cair-me pela testa. "Lá em cima está tudo revoltado, não encontrei o cofre, por isso provavelmente quem entrou na casa também não." - aproveitei o tempo que Sona recomeçar a escrever no caderno os próximos sítios para poder respirar.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Subi as escadas com Graves o mais depressa que conseguia, sentindo o vestido a prender-me o movimento das pernas. Ele ia apontando para cada quarto e eu dizia que sim ou que não. Quando o vi parado em frente ao quarto de Lestara, um calafrio percorreu a minha espinha. Acenei-lhe que sim, o cofre era no antigo quarto dela. Entretanto já tinha dado uma vista de olhos também nos outros para, já cá em baixo, me dizer que estava tudo vasculhado. Provavelmente as jóias tinham desaparecido todas. Mas, pelos vistos, o cofre parecia estar seguro. Peguei no caderno.
- Mal desces as escadas vais logo dar às cozinhas. A dispensa é um quarto quase tão grande como os de lá de cima, adjacente às cozinhas. Por favor tem cuidado. - entreguei-lhe o caderno.
Porque é que a mansão tinha ficado completamente desprotegida? Onde estava toda a gente?

Vayne
Local: Capital

Após passar o portal, acabei por chegar ao porto de Demacia. O cheiro a maresia durante a noite, fazia-me recordar o passado. Noites e noites à caça em busca de todos os que anteriormente considerava inimigos. Não estava habituada aquele tipo de cheiros pelo que me afastei o suficiente até encontrar um sitio onde me sentar. Precisava de pensar naquilo que iria fazer de seguida...

ALI
Localização: Mansão Buvelle

Ali mexeu-se no seu esconderijo, fazendo com que as vassouras que o tapavam chocalhassem ao baterem umas nas outras. O barulho produzido não foi alto o suficiente para alguém ouvir, a não ser que estivesse mesmo em frente à porta da despensa, e pelo silêncio, não seria o caso.
No início, Ali ainda conseguiu ouvir movimento no andar de cima, mas a dada altura o mesmo cessou, o que o fez questionar-se se deveria abandonar o seu esconderijo e tentar fugir ou se devia ficar ali até ter a certeza de que era seguro. O facto de não conseguir ouvir nada não queria dizer que a dona da casa se tinha ido embora. O melhor era esperar e tentar a sua fuga a meio da noite, quando toda a gente estivesse a dormir.

Graves
Local : Mansão Buvelle

"Segue-me mas não te afastes de mim" - Disse a Sona enquanto começava a descer as escadas.
Ao chegar à cozinha não vi nada de anormal, dirigi-me então à despensa sempre com Sona no meu encalço. Ao chegar à dispensa podia se ver vários restos de comida espalhados pelo chão. - "Sona ou tens ratos muito grandes ou então alguém esteve a servir-se da tua comida. E não deve ter sido à muito tempo, não existe nada podre nestes restos" - Disse a Sona enquanto analisava os restos.

"Se está aí alguém é melhor aparecer a bem ou vou ter de te encontrar" - Gritei para o ar e olhando para Sona pondo o dedo à frente da minha boca de maneira a ela não fazer barulho. Não sabia se quem tinha entrado na casa ainda estava ali, mas não perdia nada em tentar.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Segui Graves sempre a tentar fazer o menor barulho possível. Sentia o meu coração a bater freneticamente e não estava nada a gostar daquela sensação de pânico por toda a gente ter simplesmente abandonado a mansão de Lestara.
Não me recordava de tudo a cem por cento. Depois de ter morto Lestara, as coisas tinham ficado distantes na minha mente. Tentara colocar aquela recordação de parte a todo o custo mas agora sentia-me desamparada. O Mestre Relivash tratara de tudo, inclusive da minha partida. Dissera-me para não me preocupar e para deixar tudo aquilo para trás. E fora o mesmo que os outros tinham feito. Provavelmente, depois de Lestara morrer e eu ter desaparecido, já não fizesse mais sentido continuarem a trabalhar ali. Agora que pensava melhor, fazia todo o sentido.
Teria que voltar a contractar pessoas. E tinha que me reunir com as antigas e explicar-lhes o que acontecera - sem realmente contar a verdade pois essa só eu, Etwahl e o Mestre Relivash é que a conhecíamos.
Mas agora era altura de saber se já estávamos fora de perigo ou não. Graves fez um apelo ao criminoso que se encontrava por ali. De arma na mão, tinha a certeza absoluta que ele não tinha qualquer receio do que pudesse vir aí. Eu, pelo contrário, sentia-me assustada.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

A dada altura, uma voz masculina soou muito próxima de Ali. Alguém estava na cozinha e não era a dona da casa. Ou até podia ser, mas Ali estava convencido que lhe tinham dito que era uma mulher e não um homem. Começou a sentir o medo crescer dentro de si. Se fosse apanhado por uma senhora talvez ainda conseguisse cair nas suas boas graças mas com um homem era diferente. O mais provável era apanhar uma grande sova. Não podia ser descoberto!!
De respiração descontrolada, devido ao pânico, encolheu-se ainda mais pensando que assim ficaria mais escondido. Na sua cabeça as mesmas palavras repetiam-se: por favor vai embora, por favor vai embora, por favor vai embora, por favor vai embora, por favor vai embora…

Graves
Local : Mansão Buvelle

Após cerca de 1 minuto sem reposta voltei a falar num volume mais natural. - "Aqui também não parece estar. Existe mais alguma divisão onde alguém possa esconder?" - Perguntei a Sona enquanto nos dirigia-mos novamente pelas escadas acima.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Era impossível não estar ali alguém. Estava tudo espalhado e ainda não tinha visto ninguém a sair. A não ser que o ladrão tivesse saído ainda antes de nós termos chegado mas parecia tudo tão fresco!
Suspirei e acabei por não subir as escadas com ele. Tirei o meu caderno e escrevi:
- Podes abrir todas as portas cá de baixo, por favor? Não me sinto segura se não o fizeres. E a seguir temos de chamar a guarda real.
Entreguei-lhe o caderno e esperei.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Antes de subir sequer um degrau Sona passou-me o caderno dela. "Claro não tenhas medo estás comigo, podes te sentir segura." - respondi-lhe com um sorriso depois de ler.
Voltei a entrar na dispensa e abri todos os armários daquela dispensa. Foram bastantes, e apesar de ser uma tarefa repetitiva, tive sempre o mesmo cuidado a abrir cada um. Apontava a arma, abria a porta de repente, olhava lá para dentro e nada.
Saí então de volta para a cozinha e sorri para Sona de maneira a ela perceber que estava tudo bem. Entrei noutra porta da cozinha. Ia dar a um aglomerado de quartos muito mais pobres do que os do andar de cima. Não sei como é que alguém queria dormir num sitio sem janelas e debaixo do chão mas pronto. Olhei por baixo das camas, dentro dos guarda-fatos e tal e qual como a despensa, nada. Estava cada vez a pensar que quem tivesse estado ali já deveria ter saído e neste momento estava de barriga cheia a vender as jóias roubadas. Passei novamente pela cozinha enquanto Sona me seguia com o olhar.
Entrei agora numa divisão com um cheiro a químicos. existiam alguns armários espalhados pela divisão mal iluminada. Com o mesmo cuidado que tive na dispensa fui começando a abrir os armários, abri um, dois, três. No quarto quando o abri uns olhos muito abertos por baixo de esfregonas e baldes olhou para mim surpreendido. De aquilo eu não estava à espera e rapidamente com Destiny dei uma coronhada na testa do rapaz, fazendo com que este cai-se redondo para fora do armário inconsciente. Olhei com atenção para ele. Era uma criança ainda, um raio de um puto. Peguei nele, e coloquei-o no meu ombro como se fosse um saco de batatas. Devido à posição em que ia, pequenos objectos brilhantes iam caindo dos seus bolsos. Chegando à cozinha deitei-o na mesa central. " Bem parece que encontrei o teu rato, e agora?" - Perguntei a Sona.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Felizmente, Graves voltou atrás e começou a revistar todas as divisões e armários que se encontravam dentro destas. Eu fiquei na cozinha, de caderno e caneta pousados em cima da mesa, a pensar no que acabara de acontecer. Começava a sentir o peso das consequências dos meus actos. Nunca devia ter partido para a Academia sem deixar tudo organizado; agora via-se o que estava a acontecer e até tinha tido sorte pois o assalto acabara por acontecer enquanto eu estava em Demacia. Se algum dia precisasse de voltar e não tivesse nada, como é que iria cuidar de mim mesma?
Suspirei, consciente de que tinha ainda muitos assuntos a tratar durante esta semana. Entretanto ouvi barulhos estranhos vindos de uma das divisões que Graves estava a revistar. Levei as mãos à boca quando o vi com um corpo no ombro. Este deitou-o na mesa e eu pude observar que era apenas uma criança. No entanto, ele deitara a mão a tudo o que encontrara. As minhas jóias e de Lestara estavam agora espalhadas no chão. Peguei no caderno e escrevi:
- Agora temos que chamar a guarda real. Ficas a tomar conta dele que eu vou lá fora, pode ser? Eles não costumam estar muito longe, estes bairros mais ricos costumam ter um certo grau de segurança.
Se bem que isso não impedira aquele rapaz de assaltar a minha mansão.

Graves
Local : Mansão Buvelle

"OK, eu fico aqui a guarda-lo". - Assim que Sona saiu peguei nele e enconstei-o a uma parede. Ele ficou sentado com a cabeça a pender para a frente com o seu queixo a bater no peito. Puxei de uma cadeira e com a Destiny apontada para ele e pousada na minha perna aguardei.

Clarissa
Local: Exterior da Mansão Buvelle

Finalmente, aquele dia estava quase a acabar. Clarissa tinha esperado por aquele dia durante duas semanas - o seu superior procurara-a um dia, dizendo-lhe que tinha "boas notícias" para lhe transmitir em breve. O coração de Clarissa teria dado uma cambalhota de 360º graus de alegria se isso não a matasse. Por fim, poderia juntar-se a todos os heróis de que havia ouvido falar em criança, representar as cores de Demacia com orgulho no campo de batalha. Já conseguia imaginar a cena, investir contra tropas noxianas, lutar ao lado de outros soldados e regressar com o sangue e tripas de soldados noxianos na sua armadura-- essa última parte talvez não.

Com essa ideia na mente, as tais duas semanas tinham passado incrivelmente depressa. Até havia gasto as suas poupanças do último ano para polir a armadura e apresentar-se brilhantemente (literalmente) perante todos os superiores. E brilhantemente se apresentara, tal como eles. Conseguia visualizar ainda os seus brilhantes dentes a mexerem-se, anunciando-lhe que dali em diante, teria o privilégio de guardar as zonas mais ricas da cidade.

E ali se encontrava agora, observando uma casa em particular, lamentando-se sobre como nunca teria dinheiro para pagar uma coisa assim - aliás, tinha quase a certeza que uma mera maçaneta daquela casa custaria dois ordenados seus. Bem, ao menos numa coisa a sua casa era semelhante àquela - uma das janelas tinha um vidro partido. Rindo sozinha enquanto o pensamento que se calhar não era tão diferente das pessoas ricas de Demacia passava pela sua cabeça, demorou vários segundos até se aperceber do problema. A sua expressão mudou para uma de pânico e correu até à porta de entrada, para a encontrar aberta. Procurou então por um papel no seu bolso, onde sabia que estava um mapa a identificar a quem pertencia cada uma das casas naquela zona. Pelo meio deixou cair a sua lança no chão, enquanto o pânico se instalava na sua mente.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Deixei Graves com o rapaz na cozinha e subi as escadas até ao salão. Daí tinha que percorrer um grande e largo corredor até à porta de entrada. Dos lados encontravam-se algumas portas, todas elas fechadas, que dariam à biblioteca e uma sala de estar cheia dos melhores sofás de Demacia, estátuas e jogos de tabuleiro para os cavalheiros que nos visitavam se divertirem enquanto eu me preparava para tocar um pouco para eles.
A noite já caíra e eu ainda não acendera as velas das divisões portanto a escuridão tinha invadido a mansão de Lestara - ainda não tinha aceite por completo que ela era somente minha agora. Entretanto apercebi-me que a porta da entrada estava aberta, o que me fez engolir em seco. Eu não me lembrava de a ter deixado assim... Ainda por cima os nossos pertences estavam pousados mesmo à entrada. Ouvi o barulho de algo metálico a cair no chão e encostei-me a uma das paredes, sentindo o meu peito a arfar. Será que era outro ladrão?
Encostada à parede e tentando fazer o mínimo barulho possível, aproximei-me da entrada e peguei em Etwahl. Ele sabia que era necessário ficar em silêncio por isso as suas cordas não vibraram quando eu o coloquei em posição de ataque - ou de concerto. Estava pronta para o usar. Já conhecia o meu passivo e a minha primeira habilidade, portanto sempre podia fazer alguns estragos. Foi então que avistei a sombra. Sem hesitar, toquei a melodia que me tinha sido ensinada e uma onda de energia azulada saiu de Etwahl, atacando quem quer que estivesse ali.

Clarissa
Local: Exterior da Mansão Buvelle

Após algumas tentativas infrutíferas, Clarissa encontrou por fim o mapa que lhe havia sido dado no início do dia. Esticou o mapa e observou os vários nomes que neste estavam contidos - não eram nomes novos para ela, todos os cidadãos de Demacia os deviam saber sem dúvida. Porém, poucos seriam aqueles que frequentariam aquelas ruas numa base regular. Alguns momentos passaram enquanto Clarissa ia traçando caminhos com o dedo no mapa, até que finalmente obteve a resposta que procurava.

"Buvelle!", lembrava-se perfeitamente do dia em que havia visto um concerto de Sona Buvelle - nos seus sonhos. Baixou-se para recolher a sua lança, murmurando para si alguns acordes enquanto se levantava. Entusiasmada com a perspectiva de eventualmente conhecer a afamada artista, Clarissa apenas viu a onda azul quando levou com ela directamente na testa. O seu joelho cedeu com a força do impacto e só o apoio da lança a impediu de cair completamente. Ainda algo confusa, olhou em frente, deduzindo que este só poderia ter saído do interior da mansão.

"Q-Quem está aí?"

Sona
Local: Mansão Buvelle

A voz feminina que se fez ouvir parecia inocente o suficiente para não ter que levar com outro ataque de Etwahl. Hesitei e aproximei-me da entrada, olhando para a sombra que eu atacara. A sua armadura brilhava devido à luz das estrelas e da lua. Era uma guarda de Demacia!
Levantei as mãos no ar, de Etwahl ao peito, e saí para o frio da noite, mostrando-lhe que não a iria voltar a atacar.


Vayne
Localização: Porto
Pouco tempo depois de me sentar, comecei a relembrar-me de tudo o que tinha acontecido anteriormente. A bruxa. A morte do meu pai, tudo.
Acabei por me levantar e procurar direções para a Casa de Vayne. O local onde tudo começou.
Não demorou muito a reorientar-me e comecei a caminhar. Desta vez tinha um objetivo. E tenho planos para o levar até ao fim.
- Obrigado Diana.

LUCIAN
Localização: (???), Palácio Real

Acordei bastante zonzo e confuso sem a noção de onde estava ou de quanto tempo passara, estava deitado sem camisola em pedra fria cheio de dores e não me conseguia mexer, estava tudo completamente escuro. Uma figura de capuz escuro entrou na divisão e começou a iluminar as várias tochas que se encontravam na parede, a única coisa que conseguia fazer era respirar e movimentar os olhos, estava praticamente paralisado. À medida que fui recuperando a consciência outras figuras foram entrando e proferindo uma cantiga numa língua incompreensível colocaram-se à minha volta.
Não estava a perceber nada do que se estava a passar e já estava arrependido de aqui vir, se ao menos conseguisse-me mexer ainda tentava escapar mas não dava, e o que raio quis o velho dizer com 'não devias ter voltado'? Mil e uma perguntas passavam na minha cabeça e não conseguia arranjar resposta para nenhuma.

De repente uma das figuras retirou o capuz e aproximou-se, era um velho de idade com a cara bastante enrugada que colocou a mão por cima do meu peito e como por magia fez o meu coração, já a mil à hora, abrandar.
- "Não precisas de estar nervoso meu filho... Estamos aqui para te ajudar." - disse o velho de uma forma bastante estranha.
Arregalei os olhos de forma a querer responder mas nada me saía, uma das figuras colocou ambas as suas mãos na minha boca e as outras figuras foram segurar as minhas pernas e braços, sem perceber a razão tentei libertar-me mas sem efeito, se não me conseguia mexer não entendida o motivo de me estarem a segurar.
O velho afastou-se e voltou erguendo rapidamente um punhal que espetou de seguida no meu coração.

Senti uma grande dor pelo corpo todo e tudo ficou preto, "Estarei a sonhar? Morri?" pensei. Comecei a ver uma luz ao fundo a aproximar-se, era a mesma figura de capuz a iluminar outra vez as tochas da divisão, "O que se está a passar?" pensei.

- "HEY! Quem és tu? Por que é que me estão a fazer isto?" - gritei com sucesso, desta vez a minha voz funcionava mas o meu corpo continuava paralisado.

- "Estas-me a ouvir? Responde!!" - voltei a gritar sendo novamente ignorado.

Como da outra vez várias figuras começaram a entrar proferindo a mesma cantiga incompreensível fazendo um circulo à minha volta. A mesma figura retirou o capuz e aproximou-se, era o mesmo velho que voltou a colocar a mão no meu peito, "Irei morrer outra vez? O que raio se está a passar?" pensei.
Antes que o velho pudesse dizer algo perguntei:
- "Quem são vocês?"
Silêncio instalou-se na sala e todas as outras figuras abandonam o local ficando apenas o velho.
- "Nós? Ninguém." - respondeu o velho.
O que raio queria ele dizer com ninguém, estaria a gozar com a minha cara?
- "Mas tu? Tu és um purificador, só me estava a certificar disso. Podes-te levantar." - continuou.
Lentamente fui mexendo os meus braços, pernas e coloquei-me de pé, já conseguia mexer-me.
- "Tudo isto só para terem a certeza? O que acontecia se não fosse um?" - perguntei curioso. Mas o velho tinha razão, eles não podiam confiar em qualquer um que se afirmasse como tal mas de certo haveria maneiras mais simples de confirmar.
- "Morrerias." - firmou o velho com frieza.
Senti um arrepio perante a sua resposta, mas ainda estava confuso.
- "Deves estar confuso perante isto tudo mas não temos tempo para te responder a todas as tuas perguntas, depois estarás aqui novamente, agora veste-te, podes ir." - disse o velho com um olhar bastante sério.
A sua resposta só me colocou ainda mais perguntas, "Como assim depois? e como raio vou embora se não sei como vim parar aqui?" pensei enquanto vestia a minha roupa que se encontrava no canto da divisão junto das armas e da minha mala. Já vestido virei-me para o velho e disse: - "Não sei como sair daqui nem como volt..."

Localização: Estalagem, Capital, Demacia

Tudo tinha ficado preto e quando abri os olhos estava no centro da capital Demaciana, "será que tinha sido tudo um sonho?" pensei enquanto observava o redor, todas as pessoas caminhavam de um lado para o outro como se nada tivesse acontecido, nem sabia como havia chegado aqui, estava cansado e cheio de dores, o melhor seria arranjar um sitio onde dormitar e amanhã reflectia no assunto.
Não foi preciso caminhar quase nada pois mesmo no centro havia uma estalagem, entrei e cumprimentei a bela jovem que se encontrava na recepção.
- "Boa noite, era um quarto para uma pessoa por favor." - disse num tom já cansado.
- "Com certeza, é só seguir este corredor e é já o primeiro quarto à esquerda."- respondeu a jovem rapariga entregando-me as chaves do quarto.
Retirei da mala o valor correspondente ao que teria que pagar pela semana toda e dirigi-me ao quarto. Entrei e era um quarto com um ar bastante confortável, tinha (estranhamente) uma cama de casal, uns moveis com secretaria, alguns livros e uma janela. Pousei a mala e a primeira coisa que fiz foi despir-me, ficando só de boxers, coloquei-me debaixo dos cobertores e tentei adormecer, este dia não podia ter sido mais estranho, as palavras 'Não devias ter voltado' ecoavam na minha mente mas não estava em condições de reflectir no assunto, amanhã.

Leanna
Localização: Estalagem, Capital, Demacia

- Larga-me! Eu não vou contigo, larga-me! - gritei para Alfred.
Ele queria forçar-me a ir para o seu quarto, mas tinhamo-nos acabado de conhecer! Eu até fui na sua conversa quando ele me ofereceu uma bebida na zona da restauração da estalagem, mas isso não significava que era uma oferecida! Depois ele aproveitou a deixa quando ninguém via e puxou-me pelo pulso pelo meio dos corredores da estalagem.
- A sério, larga-me! Não te conheço de lado nenhum! - voltei a pedir.
- Xiu. Vamo-nos divertir, não sejas assim. - disse ele quando parou no meio do corredor e puxou-me para si, beijando-me.
- Nnn - tentei dizer abafado pelo beijo forçado.
Empurrei-o com toda a força que eu tinha e ele afastou-se ligeiramente mas ainda me agarrava o pulso. Ele era demasiado forte e definitivamente não tinha gostado que o tivesse empurrado. Ele agarrou-me pelo pescoço e encostou-me à porta mais próxima fazendo um grande estrondo.
- Tu vens comigo e vais fazer o que eu te pedir, ouviste? - disse ele e quando dei conta, já tinha uma faca encostada ao pescoço. Várias lágrimas escorriam-me pela cara. A única coisa que desejava era que aquele quarto onde ele me tinha encostado tivesse gente e que me viessem acudir.

LUCIAN
Localização: Estalagem

O sono não pegava e não conseguia por jeito algum dormir, só queria arranjar uma explicação para tudo isto ou então distrair-me com algo. Comecei por observar o tecto e tentar abstrair-me das inúmeras perguntas, no entanto o barulho lá fora chamou-me a atenção. Conseguia ouvir uma voz feminina e outra masculina e parecia estarem a discutir mas não percebia o que diziam. Com cautela levantei-me da cama e quando me aproximei da porta ouvi um grande estrondo a bater contra ela, consegui perceber o que ele disse e ouvia a rapariga a chorar, não podia deixar uma situação destas escapar. Com alguma raiva recuperei temporariamente do cansaço e preparando-me para o pior agarrei a maçaneta e abri a porta com força, notei que o homem estava armado com uma faca então rapidamente soquei com força o braço fazendo com que ele a deixa-se cair. Sem dar tempo para reagir voltei a dar-lhe um soco desta vez na cabeça com força deixando-o imóvel no chão.
Respirei fundo e virei-me para a rapariga:
- "Hey, estás bem? Conhecias-lo?"

Leanna
Estalagem, Capital, Demacia

O que aconteceu a seguir foi tudo demasiado rápido. A porta atrás de mim abriu-se e eu ainda pensei que ia cair, mas o homem que conhecera à umas horas atrás segurou-me com força pelo pescoço quase me sufocando. Quem quer que tivesse saído do quarto deu um soco na mão dele, fazendo com que a sua faca caisse ao chão. O desconhecido sem esperar que ele reagisse deu-lhe outro soco e este caiu no chão atordoado. Agora que ele se virava para mim pude ver quem era o meu salvador. Um homem de cor escura, bastante bonito e atraente, que encontrava-se só de roupa interior, perguntou se estava bem e se conhecia o meu agressor. Tinha-o conhecido sim, mas tinha sido á meros instantes.
- Não, não o conheço. - disse levando a mão ao pescoço passando por onde ele me agarrara. - O-obrigada. - agradeci por fim com a cara enxarcada em lágrimas.
Alfred ainda se encontrava incosciente no chão, mas a qualquer momento poderia ripostar de volta. Como iria para casa a seguir? Eu só tinha ido aquela estalagem para fazer companhia à minha amiga que trabalhava ali, mas como ela andava tão atarefada, acabei por me entreter a falar com aquela besta, já que ele me ofereceu uma bebida. Com a conversa, o turno da minha amiga tinha acabado e como ela possivelmente não queria estragar o momento, foi embora para casa sem dizer nada. Agora, sozinha, tinha medo de voltar para casa, ele podia muito bem seguir-me até lá!


Última edição por Sanguinia em Qua Out 17, 2018 9:46 pm, editado 1 vez(es)
Sanguinia
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Demacia Empty Re: Demacia

Sáb Out 06, 2018 3:46 pm
Alfred
Estalagem, Capital, Demacia

Alguém tinha estragado os seus planos. Um tipo qualquer tinha ouvido o estrondo quando Alfred empurrou aquela jeitosa contra a porta e tinha-o imobilizado. Aos poucos e poucos ele foi recuperando a consciência.
- Ah sua puta. - murmurou enquanto levava a mão à cabeça onde sentiu algo húmido. Sangue. O palhaço que o deitou ao chão acabou de lhe fazer um golpe na cabeça - E seu cabrão! - acrescentou levantando o olhar para a pessoa que interrompera a sua noite com aquela rapariga.
Era um homem de cor escura, alto e bem estruturado. Mas que raio, ele já queria roubar-lhe a sua presa, era? Nem pensar! Num pulo, Alfred levantou-se e preparou-se para ripostar, puxando o braço atrás para soquear o desgraçado.

LUCIAN
Localização: Estalagem

A jovem respondeu que não o conhecia, aproximei-me dela para a observar mas não parecia estar ferida, apenas traumatizada. No entanto o homem murmurava algo no chão, era possível ver uma linha de sangue a começar a escorrer pela sua cara, o meu objectivo não o era ferir mas sim imobiliza-lo. O homem quando reparou do sangue levantou-se rapidamente e tentou soquear-me (http://prnt.sc/cdfr46), deslizei para fora do caminho do soco, girando o corpo o suficiente para que o seu punho passasse pela minha cabeça sem lhe tocar. De seguida passei para trás dele, e com os meus braços fiz um bloqueio((headlock - acho que é isso)) à sua cabeça sufocando-o, não ao ponto de ele ficar inconsciente, mas ao ponto de parar de se debater.
- "Vais parar? Tens a noção do que é que estas a fazer!? Baza daqui antes que te aleijes... " - disse-lhe num tom assertivo.
Não o queria magoar, só esperava que ele tivesse cabeça o suficiente para abandonar o local, caso contrário seria posto a dormir.

Alfred
Localização: Estalagem

O raio do gajo era forte! Alfred falhou miseravelmente o seu soco e foi agarrado pelo seu oponente de modo a imobiliza-lo. Não havia nada mais que ele pudesse fazer, ele não era guerreiro, nem soldado, só era um mero filho de burocratas que vivia às suas custas. Era um garanhão e todos os dias tentava a sua sorte com alguma donzela, mas a sorte ficava sempre do seu lado, porque por norma, mesmo se elas não quisessem nada com ele, ele obrigava-as. Era esse o destino da frágil Leanna se aquele homem não se tivesse intormetido.
- Está bom! Está bom! Eu vou embora, larga-me cabrão! - disse assumindo o seu destino. Hoje infelizmente ia para casa de mãos à abanar.
Quando o homem finalmente o largou, Alfred olhou nos olhos de Leanna e disse:
- Hoje tiveste sorte, mas havemos de nos ver outra vez e aí não me escapas!
E com essa ameaça, ele virou-lhes as costas e abandonou a estalagem.

Leanna
Localização: Estalagem

Entretanto Alfred recuperou a consciência e eu encolhi-me encostada à parede. Ele levantou-se e tentou dar um murro ao meu salvador. Felizmente o homem desconhecido conseguiu uma vez mais imobilizar Alfred para meu alívio pedindo-lhe para ele sair dali.
Felizmente ele assim o fez, não sem antes me deixar uma ameaça em que nos encontrariamos outra vez. As lágrimas voltaram e recomecei a chorar, estava totalmente aterrada! Deixei-me cair no chão e abracei as minhas pernas chorando. Tinha medo de sair dali. Queria ir para casa, mas tinha medo de ser perseguida e ser violada. Ainda para mais depois daquela ameaça! Que iria fazer?

LUCIAN
Localização: Estalagem

O homem finalmente tinha-se rendido, larguei-o e empurrei-o para a frente, o homem não abandonou o local sem antes colocar uma ameaça na jovem rapariga causando o choro dela. Segui o homem atentamente até à porta para me certificar que ele tinha abandonado a estalagem e voltei de seguida para junto dela que parecia bastante aterrorizada.
- "Se quiseres podes ficar aqui o tempo que precisares, eu durmo no chão." - disse enquanto retirava uma das almofadas da cama e a colocava no chão seguido de um cobertor.
- "Não te preocupes, a primeira coisa que irei fazer amanhã é avisar as autoridades Demacianas daquele homem." - respondi-lhe tentando confortar-lhe daquela situação.

Leanna
Localização: Estalagem

O desconhecido aproximou-se de mim oferencendo a sua cama enquanto ele dormia no chão. Levantei a cabeça e entretanto ele tinha entrado no quarto preparando a minha estadia. Levantei-me de imediato:
- N-não é preciso! Não precisa de se dar ao trabalho. Peço desculpa pela confusão. Eu só quero ir para ca-casa. - disse ainda assustada enquanto me levantava.
Ele podia ter-me salvo, mas ainda era um desconhecido para mim, não me sentia à vontade em partilhar o quarto com ele.
- Sim, ele tem que ser denunciado sem dúvida. - concordei enquanto me mantinha à entrada do seu quarto - E-eu... Não o queria maçar mais, mas... Preferia mesmo ir para casa, acha que me pode acompanhar? No caso de ele me tentar seguir...

Clarissa
Localização: Exterior da Mansão Buvelle

De onde estava, Clarissa conseguiu ver uma sombra a revelar-se de forma hesitante na entrada da mansão. Levantou-se e pronta a atacar se necessário, observou as suas feições a revelarem-se perante a luz existente e os seus olhos arregalaram-se quando a reconheceu. A sua lança saiu da posição de ataque e Clarissa rapidamente fez uma vénia.

"Peço imensa desculpa pela minha atitude, menina Buvelle!", Clarissa não sabia exactamente qual a forma correcta de lidar com aquelas famílias - sabia que eram importantes, embora não tanto quanto a família real, mas nunca havia sido colocada numa posição em que tivesse de interagir com os seus membros. Voltou à posição recta anterior, hesitantemente. "Tive receio que houvesse algum problema, visto que a porta se encontrava aberta..."

LUCIAN
Localização: Estalagem

O meu corpo ainda se encontrava bastante desgastado depois da confusão toda que aconteceu mais agora isto, a rapariga pediu desculpa e perguntou se não a podia acompanhar a casa.
Só queria mesmo ir dormir mas não podia deixar que ela fosse sozinha para casa, ainda por cima o outro ainda continuava à solta, afastei-me e sentei-me em cima da cama tentando me recompor e manter-me acordado, respirei fundo e ao fim de uns longos segundos suspirei e respondi-lhe:
- "Ok. Mas depois esta por sua conta e risco. Vou só me vestir. A propósito chamo-me Lucian " - disse apresentando-me enquanto colocava as armas em cima da cama e preparava a roupa para me vestir.

Leanna
Localização: Estalagem

Ele manteve-se em silêncio por algum tempo. Sentou-se na cama e suspirou, só aí pude perceber que ele encontrava-se bastante cansado e só queria descansar. Senti-me bastante mal por estar-lhe a pedir aquele favor. Ele por fim disse que me levaria a casa, mas depois estaria por minha conta. Ainda se apresentou como Lucian.
- Leanna. - apresentei-me um bocado embaraçada e saí de seguida para fora do quarto, aguardando que ele se vestisse.

Sona
Local: Mansão Buvelle

A rapariga da guarda Demaciana reconheceu-me e pediu-me imediatamente desculpa, saindo da sua posição de ataque. O facto de ela me conhecer ajudava bastante. No entanto, não sabia se ela estava a par da minha... deficiência. Retirei o meu caderno de Etwahl e comecei a escrever:
- Também tenho que lhe pedir desculpa, ataquei-a sem antes confirmar quem era. Mas estou num estado de nervos complicado. Um rapazito partiu-me a janela e entrou cá em casa. Tentou levar as minhas jóias e alguma comida. Por acaso chegámos a tempo. Se fizer o favor de entrar, o meu - fiz uma pausa, pensando em como iria retratar Graves. - o meu namorado está a guardá-lo na cozinha. Vinha agora mesmo à procura de um guarda para tentar resolver esta situação. Mas por favor seja branda, ele é apenas um rapaz...
Depois de alguns minutos a escrever, entreguei-lhe o caderno para as mãos.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

Se houvesse algum Deus bom no mundo, esse Deus não se importava minimamente com o pequeno Ali. Após uns momentos em que a despensa dos materiais de limpeza se encheu de barulhos de alguém a vasculhar pelos seus armários e gavetas, um feixe de luz iluminou Ali, sendo logo de seguida bloqueado por um grande homem assustador de barbas. Ali olhou para ele com os seus olhos muito esbugalhados, demasiado petrificado pelo medo para fazer algo mais, e depois tudo ficou preto.

Ali acordou com uma grande ardência na sua testa. Levou a mão à zona que lhe doía e massajou-a antes de abrir os olhos. Julgava que tinha tido um terrível pesadelo mas assim que viu o monstro dos seus sonhos sentado à sua frente de arma apontada para si percebeu que nada do que tinha acontecido fora produto da sua imaginação.
Perante aquele cenário, apenas uma coisa ia acontecer no seu entender. O homem ia matá-lo com a sua pistola de gigante. Com um pensamento daqueles, Ali desatou numa choradeira incontrolável.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Enquanto esperava por Sona o rapaz começou a mexer-se e rapidamente apontei-lhe a arma bem perto da cara. Assim que o fiz, o miúdo desfez-se em lágrimas. Apesar de ser apenas uma criança não o podia perdoar apenas por desatar a chorar. Ele tinha roubado. Tal e qual como eu o tinha feito. E eu tinha ido parar a uma prisão por isso, e este miúdo tinha de aprender o que acontecia a quem roubava. "Pára lá com isso miúdo. Afinal és um homem ou um rato?" - Ia dizendo-lhe enquanto ele chorava copiosamente. "PÁRA" Gritei-lhe.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

Ali já estava à espera que o homem ficasse muito chateado por lhe ter assaltado a casa, mas que ele tivesse uma arma e fosse capaz de lha apontar estava para lá da sua imaginação. Como se isso não fosse mau o suficiente, o homem também não se encontrava com paciência para aturar a choradeira de Ali, que não estava a conseguir controlar-se tal era o seu medo.
- Não me-e faça m-m-mal - conseguiu dizer por entre soluços.

LUCIAN
Localização: Rua, Estalagem

Não vesti as roupas do costume para não dar muito nas vistas umas roupas casuais serviam, empunhei ambas as armas e saí do quarto. A rapariga tinha-se apresentado como Leanna.

- "Estou pronto, vamos Leanna?" - disse caminhando para a saída da Estalagem.

Antes de sairmos fiz-lhe sinal para ela esperar, avancei até à rua e olhei à minha volta para ver se aquele escumalha não estava escondido algures. Com o caminho livre dei-lhe o sinal para ela avançar.

- "E agora é por onde?" - perguntei-lhe.


Leanna
Localização: Rua, Estalagem

Quando ele saiu do quarto pude observar que ele carregava duas grandes armas. Engoli em seco, ainda ligeiramente assustada. Bem que se ele tinha-me salvo e me ia acompanhar a casa, era provável que não me fosse fazer mal, mas ainda me encontrava demasiado traumatizada com tudo o que aconteceu e vários pensamentos negativos percorriam a minha cabeça. Só queria ir para casa, trancar a porta à chave e beber um chá de camomila.
Antes de chegarmos à saída, Lucian espreitou para o exterior de modo a ver se encontrava Alfred. Depois de ter feito sinal para avançar, saimos os dois e apontei para a esquerda que era a direção da minha casa. Iniciamos então os dois a caminhada, lado a lado. Ainda seriam uns dez minutos de caminho.
- Obrigada uma vez mais. - murmurei quando a estalagem já ia longe. - Não sei o que me aconteceria se você não estivesse no quarto naquele momento. - e mais uma lágrima caiu-me pelo rosto abaixo no que a limpei de imediato - Nunca me tinha acontecido tal coisa. Eu só quis ir ter com a minha amiga que trabalha na estalagem, e aquele homem acabou por meter conversa comigo. A minha amiga entretanto saiu sem dizer nada e ele forçou-me a ir para o quarto dele. Eu tinha-o acabado de conhecer! Quem é que ele pensou que eu sou? Eu nunca pensei que este tipo de pessoas pudessem estar naquela estalagem! Ele parece rico! Viu as roupas dele? Não é qualquer um que veste aquele tipo de roupa... Pensei seriamente que ele seria bom rapaz. Estava tão enganada... O meu coração ainda bate a mil à hora, ainda estou tão assustada! - disse sem parar. Eu estava tão abalada que precisei de desabafar, expliquei-lhe tudo, porque também achei que ele merecia uma explicação para tudo o que tinha acontecido.

Lucian
Localização: Rua, Capital

Caminhando pelas ruas vazias iluminadas pelo luar da noite Leanna agradeceu mais uma vez e explicou o sucedido, aparentemente ela só se encontrava de visita a uma amiga e foi deparada com aquele homem de segundas intenções.
- "Não pense nisso. Ainda bem que eu estava presente. Infelizmente ainda existe esse tipo de gente por aí, é preciso ter cuidado. "- disse tentando acalma-la.

- "A propósito, trabalha em que? é daqui?" - perguntei-lhe mudando de assunto.

Graves
Localização: Mansão Buvelle

"Não te faço mal? Então mas tu és parvo ou quê? Roubas joias, comes a comida e ainda pedes para não te fazer mal?" - Dizia-lhe enquanto aproximava mais a arma da cara dele.

Leanna
Localização: Rua, Capital

Lucian acabou por me ajudar a esquecer o sucedido mudando de assunto, perguntando o que fazia e se era dali.
- Sim, sou de Demacia. Moro na zona média da cidade. Sou empregada de limpeza em algumas casas mais ricas. Moro sozinha, infelizmente. - expliquei encolhendo os ombros.
Não ia explicar o porquê de ter um trabalho tão reles e morando numa zona até bastante boa da cidade. A realidade é que os meus pais faleceram à alguns anos e, apesar de aparentemente abastados, deixaram imensas dívidas que eu tive de saldar sozinha. Esse pensamento entristeceu-me porque fez-me relembrar a minha reles vida. Decidi perguntar então a Lucian o que ele fazia, de modo a mudar de assunto.
- E o Lucian faz o quê? Como ficou na estalagem, suponho que não seja daqui.

LUCIAN
Localização: Algures numa rua, Capital

Leanna pronunciou-se que morava sozinha e trabalhava como empregada de limpeza, só esperava que aquele homem não soubesse onde ela morava. A cada passo que dávamos ia olhando a todos os cantos para ter a certeza absoluta que não estamos a ser seguidos.

- "E-Eu!? Eh..." - disse sendo apanhando de surpresa.

- "Nasci aqui mas neste momento encontro-me numa academia de treino bem longe e deram-me uma semana de férias, basicamente estou aqui de passeio." - disse ocultando o verdadeiro facto de ter vindo para Demacia.

Não podia contar muito sobre quem eu era de onde vinha ou o que vinha aqui fazer, era demasiado arriscado.

Andamos mais um pouco e quando viramos uma esquina decidi parar e observar mais uma vez se estávamos a ser seguidos, provavelmente Leanna ia achar que era paranóico mas ela não fazia a mínima ideia do perigo que corria.

- "Se mora sozinha é arriscado voltar para sua casa pelo caminho mais rápido, acredite, temos que ser cautelosos e ter a certeza que ninguém nos segue, se descobrirem onde mora..." - disse.

Não a queria deixar mais preocupada do que já estava mas se souberem onde ela morava e que morava sozinha tornava-se num alvo fácil.

- "Não se preocupe, vai correr tudo bem. Vamos." - disse retomando a escolta.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

Pronto. Ali ia desta para melhor. Com a arma cada vez mais próxima da sua cara, Ali apenas esperava que não lhe doesse muito e que depois pudesse reencontrar os seus pais. Lembrava-se de uma senhora lhe ter dito quando era pequenino que eles tinham ido para um sítio onde todos os desejos se tornavam realidade e que um dia os voltaria a ver. Mal sabia na altura que ela se referia à morte mas agora que ele próprio se encontrava prestes a morrer, era o único pensamento que o reconfortava.
Ainda sem conseguir parar de chorar, embora já não soluçasse tão compulsivamente, Ali abraçou as pernas, puxando-as contra o peito, e deitou a cabeça nos joelhos.
Ao inclinar a cabeça, reparou numa saída que antes não tinha visto. A cadeira. A cadeira onde o homem de barbas estava sentado era um túnel cuja saída era a porta da cozinha. Ele tinha uma possibilidade de fugir! Sem pensar duas vezes, impulsionou-se do sítio onde estava e deslizou pelo meio das pernas do homem e da cadeira. Ágil como sempre fora, levantou-se de um pulo mal atravessou o "túnel" e correu porta fora e escadas acima.

Leanna
Localização: Algures numa rua, Capital

O meu salvador acabou por explicar o que fazia: estava numa academia a treinar e deram-lhe uma semana de férias, encontrando-se de passagem em Demacia. Então ele devia de treinar com aquelas duas armas que carregava, então devia de ser um guerreiro com certeza! Do modo que imobilizou Albert, devia de ser bastante forte também.
- É algum tipo de guerreiro? - perguntei curiosa.
Encontrava-me mais relaxada com a conversa casual. No entanto, Lucian parou novamente para ver se ninguém nos seguia. Esses movimentos faziam o meu coração acelerar novamente, com medo que aquele idiota que me ia violar aparecesse outra vez. Ele até disse que deviamos de seguir por outro caminho caso para o despistar se ele nos seguisse, no que acenei vivamente.
- Sim, eu conheço outro caminho, podemos seguir por aqui! - exclamei de imediato virando numa rua - Desde que ele não me siga. - e seguimos por o outro caminho. Ficava ligeiramente mais longe, mas aquelas ruas acabavam por ser mais confusas que do que indo pela rua principal.

LUCIAN
Localização: Algures numa rua, Capital

Sorri perante a pergunta de Leanna, considerava-me um guerreiro mas não no típico guerreiro que ela tinha em mente, as minhas guerras eram travadas com os mortos.
- "Sim, pode-se dizer que sim." - respondi sorrindo enquanto caminha-mos por outras ruas.
Já andávamos à vários minutos a pé, para não me dar o sono e perder a concentração tinha que continuar a meter conversa.
- "E não tem família ou amigos aqui? " - perguntei.

Leanna
Localização: Algures numa rua, Capital

Depois de seguirmos por uns atalhos que conhecia, Lucian perguntou-me pela minha família e amigos. Não me apetecia muito contar a minha vida pessoal a um estranho, mas também não queria simplesmente parar de conversar ou começava a ficar com medo novamente. Aquela conversa ao menos ajudava a distrair e a esquecer o que me tinha acontecido.
- Os meus pais faleceram num acidente há uns anos trás. Sou filha única. Amigos, tenho alguns sim. Mas neste momento ou já estão em casa, ou a trabalhar. A minha amiga que fui visitar na estalagem é que podia ter vindo falar comigo antes de ir embora e me ter deixado com aquele homem! Amanhã já vai ouvi-las por me ter abandonado assim... - murmurei chateada. Ah sim, ela ia ouvi-las da próxima vez que nos encontrassemos, disso podia ter a certeza!

Clarissa
Localização: Mansão Buvelle

Pouco depois do seu pedido de desculpas, a herdeira da família Buvelle começou a escrever num caderno que havia retirado há pouco tempo do instrumento que ostentava - parecia-lhe o mesmo que havia visto em inúmeros jornais, mas não saberia dizer com certeza. Estranhou o gesto, mas ficou em silêncio enquanto esta continuava a escrever.

Clarissa pouco sabia sobre as vidas dos nobres. Sabia aquilo que era de conhecimento geral ou que era mais falado - o mundo das fofocas das famílias de Demacia sempre lhe havia passado ao lado. Ao contrário das suas irmãs, era a vida militar que lhe suscitava interesse. Os heróis demacianos, as grandes campanhas de guerra e a defesa dos ideais de Demacia era aquilo que a haviam movido para se esforçar para ser admitida no exército a título permanente. Infelizmente, havia descoberto que essa vida nem sempre correspondia à imagem idealizada que havia feito dela.

Os seus pensamentos foram interrompidos quando o caderno lhe foi entregue. Pedindo licença, retirou o caderno das mãos de Sona e leu a mensagem neste contida. Aparentemente tinha razão quando pensara que algo de errado ocorrera. Um rapaz entrara na mansão e tentara roubar bens e comida - era um crime relativamente frequente nas ruas mais afastadas do centro, onde se concentrava mais população. Era um crime de baixo risco devido a uma maior facilidade de se escapar através dos inúmeros becos e da possibilidade de misturar-se na multidão - se ágil o suficiente. Nas ruas onde Clarissa agora se encontrava, porém, apesar das possíveis recompensas serem mais elevadas, o risco também aumentava consideravelmente. E as leis de Demacia não eram brandas, pelo que Clarissa compreendeu a preocupação manifestada pela artista. Perdeu alguns momentos a pensar também no quão entusiasmadas as suas irmãs ficariam se soubessem que Sona Buvelle tinha um namorado - dependendo dela, porém, ficariam eternamente ignorantes do facto.

"O pedido de desculpas não é necessário, perante a situação em que se encontra é normal.", Clarissa pretendia passar um tom de calma, embora não soubesse se o havia conseguido. Depois de devolver o caderno à sua proprietária e pedir licença para entrar na mansão, olhou para ambos os lados - provavelmente devido à confusão e aflição, ainda não haviam sido acesas luzes, o que dificultava um pouco a tarefa de Clarissa. Precisaria de indicações.

"Antes de prosseguir, o meu nome é Clarissa, sou um membro da guarda Demaciana.", a sua posição seria certamente óbvia naquele momento, mas decidiu que devia pelo menos apresentar-se. "Onde fica a cozinha? Com algumas indicações, poderei certamente ir na frente para não a pôr em risco."

LUCIAN
Localização: Algures numa rua, Capital

Continuamos a andar e de igual modo a conversar, Leanna não tinha família mas tinha amigos, como a que trabalhava na estalagem que iria levar na cabeça dela, e com razão.
De um momento para o outro o meu estômago foi fazendo barulhos, era a fome. Ainda não tinha comido nada e já estava à bastantes horas sem comer, além do cansaço físico e psicológico agora estava a morrer à fome.
- "Leanna..Se não te importares, dá para comer alguma coisa chegando lá?" perguntei.

Graves
Local: Mansão Buvelle
"Que raio, anda cá rapazola", gritei enquanto o miudo passou por baixo da minha cadeira sem ter tido tempo de reagir. Realmente era pior que um rato o rapaz.
"Se eu te apanho desfaço-te" - Gritava enquanto subia as escadas atrás dele.

Sona
Local: Mansão Buvelle

A senhora guarda era bastante simpática. Passou-me o caderno e pediu licença para entrar. Infelizmente eu ainda não acendera as velas e os candeeiros a óleo.
Esta, entretanto, parou de avançar e apresentou-se. Pediu também indicações para a cozinha. Fiz-lhe sinal para me seguir mas entretanto ouvi Graves a gritar algo. O que teria acontecido?
Foi então que senti movimento no meio da escuridão. Será que o rapaz tinha fugido? Não queria magoá-lo com a magia de Etwahl mas também não queria que ele escapasse! Só esperava que Clarissa o conseguisse apanhar, exercendo a sua autoridade sem eu ter que interferir.


Última edição por Sanguinia em Qua Out 17, 2018 9:49 pm, editado 1 vez(es)
Sanguinia
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Demacia Empty Re: Demacia

Sáb Out 06, 2018 3:50 pm
Leanna
Localização: Casa de Leanna

Estavamos quase a chegar à minha grande casa. Grande era uma maneira de dizer, já que não se comparava aos casarões e mansões que existiam no centro de Demacia. De qualquer das maneiras a minha casa é demasiado grande só para mim, mas felizmente era o único bem que consegui perservar depois de saldar todas as dívidas dos meus pais.
Lucian comentou que queria comer qualquer coisa, no que sorri e disse:
- Claro! Depois de tudo o que fez por mim, é o mínimo que lhe posso dar. E... Chegamos!
Comecei a subir as escadas que davam ao alpendre de minha casa enquanto tirava as chaves da minha pequena bolsa que tinha ao tiracolo. Abri a porta e entramos de imediato numa grande sala de estar que ainda estava ligeiramente iluminada devido às pequenas brasas que ainda ardiam na lareira.
- Entre, fique à vontade. Vou acender os candeeiros e preparar-lhe qualquer coisa para comer. - disse enquanto esperava que Lucian entrasse, trancando a porta logo de seguida.
Fui buscar então uma vela e acendi-a nas pequenas brasas da lareira. Com a vela acessa percorri então a sala que se iluminou. De seguida dirigi-me à cozinha, acendendo os candeeiros pelo caminho, e depois de apagar a vela, comecei a preparar uma sandes para Lucian. Não tinha assim nada à mão, mas o pão ainda era fresco. Fiz então uma sandes mista bem abastada e enchi um copo com água. Colocando tudo num tabuleiro, dirigi-me a Lucian e entreguei-lhe a simples refeição.
- Peço desculpa não ser nada de mais, mas não tenho de momento nada mais ao jeito. Mas se quiser mais alguma coisa é só pedir. - disse com um grande sorriso. Sentia-me muito mais aliviada que agora estava em casa.

Vayne
Localização: Casa de Vayne

Quando finalmente cheguei à minha antiga casa, algo estava errado. A casa estava em boas condições, mas estava tudo completamente escuro. Quase como se o tempo por lá tivesse parado ou não estivesse ninguém em casa.
O que é que se passou aqui? - pensei enquanto me aproximava da porta.
Estava-me a aproximar da porta quando reparei que não estava completamente fechada. Abri. O que encontrei lá dentro foi uma grande surpresa.
A casa estava praticamente vazia. Não havia muita coisa lá e a unica coisa diferente era uma sombra.
Antes que pudesse dizer alguma coisa, fui interrompida pela sombra.

Vulto
Localização: Casa de Vayne

- Shauna. Bem vinda à tua casa. Devido ao facto de teres ido para o Instituto, eu tive que fazer algumas alterações. Compreendo que as tuas capacidades agora estão mais evoluidas, pelo que tal o nosso antigo local de treino estava antiquado. Como a casa estava vazia, tomei a liberdade de tomar conta dela. Espero que não te importes.

Vayne
Localização: Casa de Vayne

"Shauna" foi a primeira coisa que ouvi. Reconheci logo aquela voz.
Aproximei-me para ter confirmações e senti logo que algo estava errado. Não tinha a certeza o que se estava a passar, mas iria ter cuidado com o que iria fazer a seguir.
- Mestre Baern, não há qualquer problema. Até agradeço o facto de ter restaurado a casa. Muito obrigado. - disse enquanto me aproximava para depois me sentar ao lado dele.

LUCIAN
Localização: Casa de Leanna

Não demorou muito até chegar-mos a casa dela, era grande mas não tão grande como os palácios, parecia ser bastante acolhedora. Pedi licença e entrei, pousei as armas em cima da mesa e sentei-me no sofá a apreciar as brasas que ardiam da lareira, o som do estalar da madeira a queimar e o calor que provinha dela faziam o sono instalar-se cada vez mais. Já estava quase a fechar os olhos quando Leanna trouxe um copo de água e uma grande sandes que levei logo à boca mal me deu para as mãos. Cada dentada que dava sabia-me pela vida.
- "Ora essa, está uma delicia!" - respondi depois de esvaziar a boca.
Assim que acabei a sandes dei uma última golada e encostei-me para trás.
- "Vou só descansar um bocado. Tem uma casa bastante acolhedora Leanna." - disse fechando os olhos enquanto o meu corpo se aquecia com o calor da lareira, sabia que a qualquer minuto podia adormecer mas estava-me a saber muito bem.

Leanna
Localização: Casa da Leanna

Lucian encontrava-se claramente cansado e eu (ou melhor, Alfred) tinha interrompido o seu descanso com aquele pequeno incidente. O meu salvador acabou por comer com grande avidez e elogiou a minha simples sandes. Senti um rubor a subir-me às minhas faces branquinhas, que fui obrigada a desviar o olhar para o chão, envergonhada. Sabia perfeitamente que cada vez que me envergonhava notava-se nitidamente o vermelho nas minhas bochechas devido à minha tonalidade de pele clara. De seguida Lucian reencostou-se no sofá e fechou os olhos dizendo que ia descansar um bocado.
- Lucian, encontra-se realmente cansado, certo? - perguntei timidamente - Se quiser pode aqui ficar a dormir, a minha casa tem três quartos, pode-se instalar num deles. - ofereci. De qualquer das maneiras sentia-me mal por ele ter gasto dinheiro na estalagem e nem sequer lá ia ficar - Amanhã eu pago-lhe o quarto da estalagem, já que hoje não vai lá ficar! É o mínimo que lhe posso fazer depois de me ter ajudado e me ter acompanhado a casa. Se quiser siga-me que mostro-lhe um dos quartos, sempre fica mais confortável do que no sofá. - conclui esperando que ele me seguisse.

LUCIAN
Localização: Casa da Leanna

Já estava a poucos minutos de adormecer quando Leanna, timidamente, propôs que ficasse lá a dormir. Se não fosse o facto de estar super cansado e a estalagem ficar um pouco longe teria recusado.
- "Sim, ficaria agradecido, desculpe se for muito incomodo mas estou mesmo demasiado cansado para voltar." - disse-lhe. - "Não se preocupe, guarde o dinheiro para si, deve-lhe fazer mais falta do que a mim. E Obrigado." - respondi enquanto a segui-a até ao quarto.

Leanna
Localização: Casa da Leanna

- Não é incómodo nenhum! É uma maneira de lhe agradecer por me ter salvo esta noite. - respondi-lhe logo enquanto avançava pela sala em direção ao longo corredor. Ainda estava para insistir em lhe dar o dinheiro, mas seria melhor falarmos disso no dia seguinte.
Havia um único corredor na minha casa que ligava à sala e posteriormente à rua. Nele haviam várias portas que davam às várias divisões, agora vazias, da minha casa. Eu tinha três quartos, dois quartos de banho, uma cozinha, uma sala de jantar e uma sala de costura que era da minha falecida mãe. Eu praticamente só usava a cozinha, o meu quarto e um dos quartos de banho, ficando as outras divisões vazias e sem lá entrar durante imenso tempo. Caminhamos ao longo do corredor e abri um dos quartos vazios, o de hóspedes. Pelo caminho acendi uma outra vela de modo a acender os candeeiros do quarto onde ele ia ficar hospedado. Ao entrar acendi logo o candeeiro que se encontrava numa mesinha ao lado da porta e assim foi possível ver o largo quarto que continha uma cama de casal, um armário, uma poltrona e uma penteadeira com uma cadeira.
- Fique à vontade. O quarto de banho fica ao fundo do corredor. Qualquer coisa estou no quarto em frente. Não o incomodo mais... - disse apagando a vela que trazia comigo pousando-a na mesinha. Depois encarei-o, fiquei alguns segundos observando o meu salvador, e sem que ele desse conta, abracei-o de modo a agradecer-lhe toda aquela proteção - Obrigada por tudo. - disse desfazendo o abraço e saindo o mais rapidamente possível dali de modo a ele não me ver corar outra vez.

Clarissa
Localização: Mansão Buvelle

Sona pediu-lhe para que a seguisse, mas antes que pudessem começar a avançar, ouviu o que supôs que fosse uma pessoa a gritar. Olhou para a rapariga que a acompanhava, como se esperando uma confirmação se seria o tal namorado - a voz parecia grossa demais para ser de uma criança, pelo que era provável.

O silêncio que se seguiu a essa manifestação permitiu-lhe escutar pequenos sons que se assemelhavam a passos - felizmente os corredores tinham bom eco. Virou-se então para o local de onde vinha o som e avançou alguns passos para permitir ainda alguma distância em relação a Sona, evitando colocá-la em perigo - o som da sua armadura a chocalhar dificilmente contribuía para um efeito surpresa, apesar da escuridão.

Pensara pedir à dona da mansão para fechar a porta para evitar que houvesse uma fuga, mas aquela era a única fonte de luz viável naquele momento. Colocou a sua lança na horizontal para criar algum comprimento e permaneceu no mesmo local. Se o namorado de Miss Buvelle estava do outro lado, podiam contê-lo naquele local, sem ser necessário recorrer à violência.

"Estás cercado. Por favor caminha nesta direcção para que possamos conversar.", Clarissa tinha noção do crime que este cometera, mas também tinha tido em atenção o facto de ser uma criança e o pedido de Miss Buvelle para que fosse branda. Não sabia se os seus superiores teriam isso em atenção quando o levasse, porém.

LUCIAN
Localização: Casa da Leanna

Leanna foi acendendo as velas pelo corredor. Entrei e observei o quarto, era bem maior do que o da estalagem. Leanna de repente abraçou-me agradecendo mais uma vez o que tinha feito por ela.

- "N-Não tem mal, era o mínimo que podia fazer." - respondi-lhe enquanto ela saia do quarto.

De seguida despi-me ficando só de roupa interior e deitei-me na cama tapando-me com os cobertores, não demorou muito até adormecer.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

Ali correu o mais rápido que as suas pernas permitiram pelas escadas que iam dar ao andar da porta de entrada. Estava quase! Afinal a sorte não o tinha abandonado... ou tinha. Chegado ao corredor, Ali deparou-se com uma sombra alta a bloquear-lhe o caminho, dizendo que estava cercado.
Surpreso pelo segundo ocupante da casa, Ali tropeçou nele mesmo e estendeu-se no chão, batendo com o queixo no pavimento frio.
- Au, au, au, au, au, au, auuuuu....
Ali rebolou sobre si mesmo e recomeçou a chorar. Primeiro por causa da queda e depois por ter sido novamente apanhado. Não sabia o que fazer mais para se livrar daquela encrenca.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Alguém vinha a correr na nossa direcção. Clarissa colocou-se em posição de maneira a bloquear-lhe a passagem e percebi que era o rapaz que me tinha assaltado. A noite já ia avançada, o meu estômago estava a roncar de fome, não tinha uma única empregada em casa que nos fizesse o jantar, ainda tinha as malas por desfazer e os candeeiros por acender. E depois ainda teria que avaliar o que tinha desaparecido e arranjar uma maneira de aquela janela partida não ser um chamariz para novos ladrões. Estava exausta e cada vez via o fim da minha noite cada vez mais longe. Suspirei, sentindo a minha cabeça a vibrar.
O rapaz chorava no chão, talvez consciente de que agora não poderia fugir para lado nenhum. Peguei no meu caderno.
- Vamos verificar o que foi roubado? Assim também é mais fácil decidir a sua... pena. - escrevi eu, passando o caderno a Clarissa.
Enquanto ela lia o que eu lhe tinha passado para as mãos, fiquei a vigiar o rapaz de perto. Etwahl estava a vibrar por baixo das minhas mãos, ansioso por magoar alguém.

Leanna
Localização: Casa da Leanna

Ouvi Lucian ainda a pronunciar alguma coisa, mas não lhe prestei atenção devido à vergonha que foi tê-lo abraçado. Avancei em passo rápido para o quarto à frente do quarto de hóspedes e fechei a porta atrás de mim encostando-me a esta. O meu coração batia a mil, mas felizmente era uma sensação boa e não a de pânico que tinha sofrido à umas horas atrás.
Caminhei lentamente até à minha penteadeira e sentei-me olhando-me ao espelho. A minha face ainda estava bastante rosada de vergonha. Os meus olhos verdes que há umas horas choravam de pânico, finalmente tinham acalmado. Desprendi o meu cabelo que estava preso e enrolado atrás da nuca, fazendo com que os meus longos cabelos loiros caissem. De seguida penteei-me lentamente enquanto pensava na sorte que tinha tido e de como Ofélia me ia ouvir amanhã por me ter abandonado com aquele tarado.
Quando terminei de pentear o meu grande cabelo liso, levantei-me e fui vestir o pijama. Estava cansada e precisava de dormir. Deitei-me de seguida na minha cama adormecendo de imediato esquecendo tudo o que se tinha passado.

"Mestre"
Localização: Casa de Vayne

- Ainda bem, não tinha a certeza se irias gostar do facto de eu ter tomado conta da tua casa. Agora vamos comer qualquer coisa. Que a fome já está a apertar.

Vayne
Localização: Casa de Vayne

- Certamente Mestre, eu fico aqui à espera.
"Algo estranho se passa com o "Mestre", tenho que ter cuidado com o que irei fazer a seguir" - pensei, enquanto o observava a ir para a cozinha.

"Mestre"
Localização: Cozinha, Casa de Vayne

"Quem diria... A Shauna a voltar ao sitio onde tudo começou... Penso que é desta vez que vou terminar o que comecei à uns anos atrás..." - pensei enquanto preparava algo para comer.
"Durante o sono irei terminar tudo".
Com o pensamento em ordem, voltei para a sala para junto de Shauna. Ainda era cedo para me revelar.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Corri atrás do raio do miúdo que mais parecia que tinha treinado para uma maratona. Lembrava-me perfeitamente da minha juventude de fazer o mesmo. Ter de correr para durar mais um dia naquela cidadezinha de merda. Quando finalmente cheguei ao salão novamente Sona estava parada com uma rapariga de armadura ao lado, assim como o rapaz mais uma vez estava no chão a choramingar.
"Não acreditem nesse choro, já é a segunda vez que o faz mas depois tenta sempre fugir", gritei enquanto ja me ia dirigindo a elas num passo calmo. Ao passar por ele tive o cuidado de dar-lhe uma boa pisadela na mão direita como castigo por me ter fugido.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

De algum modo, o rapaz caiu na sua frente e começou a chorar, parecendo rebolar no chão. Baixou a sua lança e conforme se preparava para avançar, Sona passou-lhe uma vez mais o caderno que lhe havia dado previamente. Estranhou novamente o gesto, especialmente devido à escuridão na divisão, mas não questionou. Com algum esforço, conseguiu ler a mensagem nele contida e assentiu, devolvendo o caderno à sua proprietária. Para que Clarissa revistasse o rapaz, teria de deixar Sona desprotegida - mas se o ataque que sofrera anteriormente tinha sido desta, supunha que se conseguiria defender.

Nesse momento, porém, a voz grave que haviam escutado há momentos atrás pronunciou-se. Este aproximou-se e com a fraca luz do exterior ainda conseguiu vislumbrar de forma superficial alguns traços do seu rosto. A sua frase fê-la focar-se novamente no rapaz na sua frente e notar no gesto que este tomara. Clarissa mordeu o lábio mas nada disse. Aproximou-se por fim do rapaz e baixou-se para que o pudesse observar de mais perto.

"Podemos resolver esta situação mais depressa se contares o que aqui te trouxe. Se tens alguma coisa que não te pertence, agora é a altura ideal para o dizer.", parecia a Clarissa que era claro para todos a razão. Mas o rapaz parecia tão aflito que supôs ser adequado dar-lhe uma oportunidade de se explicar, talvez ajudando-o a acalmar-se.

Virou-se ainda para Sona por alguns instantes.

"Seria possível acender uma vela, menina Buvelle?", precisariam de alguma luz para confirmar os bens roubados, mas decidiu omitir essa parte ao rapaz.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Entretanto Graves apareceu. Parecia chateado e, no meio do seu mau humor, pisou a mão do rapaz. Nem um pedido de desculpa saiu da sua boca portanto calculei que o tivesse feito de propósito. Olhei-o meio espantada e depois fiz-lhe uma expressão chateada. Não sabia se na escuridão ele tinha conseguido perceber o que lhe estava a tentar transmitir, no entanto.
Ouvi depois Clarissa a falar com o pequeno ladrão, pedindo-me de seguida que acendesse uma vela. Acenei positivamente e voltei a descer as escadas até à cozinha. Fui até à dispensa e peguei numa vela, acendendo-a com um fósforo. A seguir subi novamente para o salão e fui acendendo todos os candeeiros e velas que estavam espalhadas pela divisão e pelo corredor.
Aproveitando o facto de ter a vela na mão, fui fechar a porta de entrada e depois, deixando Graves e Clarissa com o rapaz, fui acender alguns candeeiros das outras divisões.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

Depois da dor inicial da queda ter amenizado, Ali apercebeu-se que estava perante mais duas pessoas. A fraca luz que provinha da porta aberta não deixava ver bem quem eram, pelo contrário, projectava as suas sombras sobre si, mas pelo menos uma delas deveria ser uma mulher. Seria a dona? Talvez não morasse sozinha afinal de contas.
"Que estúpido que sou", pensou Ali enquanto se sentava com o apoio de uma mão e limpava as lágrimas com a outra.
Foi então que uma outra dor tomou conta do membro no qual estava apoiado e o fez deitar-se novamente no chão a choramingar. Rebolou sobre si mesmo uma vez mais, uma mão agarrando a outra, como se isso ajudasse de alguma forma a superar a dor.
- Ffffffff...
Quase lhe saía um palavrão pela boca fora dirigido ao homem barbudo mas quando outro dos vultos se aproximou de si e se baixou para lhe falar, controlou a língua. Viu então não só que esse vulto também era uma mulher como reconheceu as suas vestes. Engoliu em seco. Não havia escapatória possível.
A dona da casa ausentou-se por uns momentos e Ali seguiu-a com o olhar até a ver desaparecer. Até agora fora a única que nada lhe dissera e ele não sabia se isso era algo bom ou mau. O que teria ela ido fazer? Ou buscar? Se um tinha uma pistola gigante e outra uma espada, será que a dona de casa ia igualmente buscar a sua arma?
De mãos a tremer e nariz fungoso, Ali mergulhou as mãos nos bolsos das calças e estendeu o que colheu à senhora guarda. Mesmo que preso, preferia sair dali rápido para não morrer às mãos daqueles milionários assustadores.

Graves
Localização: Mansão Buvelle

A guarda exigiu ao rapaz para mostrar o que tinha roubado. Eu não sabia a totalidade do que faltava na casa, e Sona tinha ido acender os candeeiros da casa.

"Não sei se isso é tudo, acho que nem Sona sabe a extensão do roubo, não sei como deseja prosseguir com isto, mas esse rato tem de pagar por tudo o que faltar nesta casa." - Disse com cara de poucos amigos à mulher de armadura

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Felizmente, Sona havia acedido ao seu pedido e desapareceu por alguns instantes, voltando mais tarde com uma vela e luz suficiente para trazer alguma visibilidade para aquele local.

Entretanto, depois de alguma hesitação e bastante choro, o rapaz acabou por estender alguns bens que tinha nos bolsos - mesmo sem uma análise cuidada, Clarissa conseguia ver que tinham um valor elevado. Qualquer mercador lhe daria imenso ouro por qualquer um deles, possivelmente até menos do que valiam - os mais suspeitos dificilmente perderiam a oportunidade de tentar enganar uma criança, principalmente percebendo a origem duvidosa dos bens.

Recolheu-os das mãos do pequeno rapaz, levantou-se e pousou-os num móvel próximo, para que quando Sona retornasse os pudesse verificar. Voltou então para junto da criança, mas antes de prosseguir com o interrogatório, o namorado da dona da casa pronunciou-se.

"Não pretendo ser indelicada, mas duvido que esta criança tenha dinheiro para pagar seja o que for.", o seu tom de voz era neutro, apesar da expressão do homem na sua frente. "Por enquanto, deixemos apenas que a menina Buvelle confirme que estes bens lhe pertencem."

Clarissa sabia que teria de entregar um relatório, por isso decidiu aproveitar o facto de ali ter uma testemunha.

"Senhor...", fez a pausa para dar a entender que não sabia como o tratar, esperando que este preenchesse o vazio antes de continuar. "Onde encontraram o rapaz?"

O passo seguinte seria levar o rapaz aos seus superiores e esperar pela decisão destes. Tentativa de roubo na casa de uma das famílias mais influentes de Demacia não lhe parecia ser o tipo crime que tivesse uma sentença benevolente, para infortúnio do rapaz.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Depois de terminar a minha ronda pelos candeeiros da casa, voltei para perto de Graves e de Clarissa. Estes os dois pareciam estar a conversar e o rapaz estava ainda no chão a chorar. Aquela visão incomodava-me. Felizmente nunca me faltara nada, nem mesmo quando estava no orfanato. Graves provavelmente saberia melhor que ninguém o que aquele pequeno rapaz estava a passar mas acabava por ser o menos compreensivo.
Apaguei a vela e pousei-a em cima do móvel onde estavam as jóias que tinham sido roubadas. Tirei o meu instrumento, pousando-o perto da parede. Peguei no meu caderno e na caneta, aproximando-me da criança.
- Não te assustes. Estou a escrever aqui porque sou muda. Como te chamas? - escrevi eu no caderno.
Entretanto apercebi-me que podia acontecer ele não saber ler. Mordi o meu lábio inferior. Estava cansada e queria que aquela situação se resolvesse depressa, até porque ainda tinha muitas coisas com que me preocupar. No entanto, o futuro daquela criança estava a deixar-me preocupada também.
Risquei a frase que anteriormente escrevera e voltei a escrever uma para Clarissa:
- Pode perguntar-lhe se ele tem pais? E, se não, porque não está num orfanato? A vida nas ruas de Demacia não é para uma criança. - estendi o caderno para a guarda.


Lux
Local: Mansão Crownguard

Encontrava-me deitada no meu quarto sem conseguir encontrar uma posição confortável para dormir. Na verdade, o problema não era a posição, mas sim a minha ansiedade. Desde sexta-feira que não me conseguia acalmar, mesmo depois dos banhos relaxantes. "Também não é todos os dias que somos convidados para fazer parte da Academia." - pensei, sorridente.
O momento em que o Mestre Heyman me chamou para a Academia não me saía da cabeça desde sexta, enquanto eu treinava na Escola de Magia. "Luxanna Crownguard, serás convocada para a Academia a partir da próxima semana." Era como um sonho tornado realidade.
Dei por mim às voltas no quarto e com as mãos quentes quando me lembrei que o convite tinha sido adiado por mais uma semana! Como iria eu aguentar? Pelos vistos, todos os alunos voltaram às suas terras natais durante uma semana e, obviamente, eu também iria ter de esperar esse tempo para poder conhecer a minha futura casa.
Quando fui informada do caso, no domingo, aconselharam-me também a procurar pela cidade alguns alunos que se encontravam em Demacia. Parece que já tinha duas tarefas com que me ocupar o resto da semana: continuar o treino de magia e encontrar os meus novos colegas!
Voltei a aninhar-me nas mantas, ficando a apreciar pela janela a bela cidade onde eu sempre morara. Ia sentir saudades da minha família, das festas de luxo, da escola de magia... "Espero encontrar lá o Ezreal", era um dos meus grandes desejos voltar a revê-lo.
Nunca tinha adormecido tão tarde, esperava conseguir acordar a horas do serviço de pequeno-almoço.

"Mestre"
Localização: Casa da Vayne
Chegando à cozinha, pousei a comida em frente ao local de onde estavamos sentadas anteriormente.
- Aqui está o jantar, espero que seja do teu agrado.
De seguida peguei na minha parte e comecei a comer.

Vayne
Localização: Casa da Vayne

"Tenho que sair daqui o mais rapidamente possível", pensei quando a comida finalmente chegou.
- Obrigado!
Disse, começando logo de seguida a comer e a traçar o meu plano para me ir embora.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

Ali manteve-se calado a soluçar enquanto os adultos conversavam. Apesar de ter despejado o conteúdo dos seus bolsos na totalidade, o homem barbudo não parecia convencido de que aquilo seria tudo o que fora roubado. E até podia ter razão. Como Ali tivera de correr para fugir e como também andara no quarto a pinchar na cama, alguma coisa lhe podia ter caído dos bolsos e estar de momento perdido algures no chão da mansão.
- É tudo o que tenho - desmentiu enquanto a guarda pousava as jóias num móvel.
Entretanto a dona da casa reapareceu, mas continuou sem dizer nada. Em vez disso foi escrevendo num pequeno livro e passou-o à outra mulher. O que significaria aquilo?

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Enquanto esperava por uma resposta da parte do namorado da menina Buvelle, esta voltou e pousou o instrumento que tinha em sua posse - devia ser algo realmente muito valioso, para esta fazer questão que este a acompanhasse sempre.

A certa altura, Sona passou-lhe o caderno onde se encontrava um pedido. Decidindo não questionar o porquê de esta lhe pedir a ela para o fazer, desculpou-se por instantes perante o homem na sua frente e voltou-se para trás, na direcção do rapaz, baixando-se uma vez mais depois de devolver o caderno à sua proprietária.

"Por que motivo estás na rua a estas horas? Os teus pais não estarão preocupados?", era na verdade uma boa questão. Se a criança tinha pais, teriam de ser contactados. Se se desse o caso de ser uma criança orfã, com algum azar o orfanato não se iria querer envolver. "Ou não é esse o caso?"

Não mencionara que a pergunta tinha sido feita pela dona da casa, mas certamente que o rapaz o teria conseguido entender. Virou-se então na direcção de Sona e do homem que a acompanhava.

"Menina Buvelle, o rapaz diz que tudo o que está naquele móvel é o que roubou. Em princípio será necessário fazer uma inspecção ao resto da casa para que fiquem ambos descansados.", quem parecia precisar de maior tranquilidade nesse aspecto nem era a dona da casa, aparentemente. "Porém, não sei se pretende fazer essa vistoria neste momento ou mais tarde. O rapaz terá de ser levado para ser questionado, de qualquer modo.", Clarissa não se importaria de ficar ali mais tempo se necessário, mas fazia-se tarde e não sabia qual o nível de cansaço que afectava os dois.


Graves
Local : Mansão Buvelle

"Graves" respondi à guarda após algum tempo pois estava concentradissimo no rapaz. "Encontrei esse rato no meio das esfregonas na dispensa.
"Sona por favor vê se é tudo porque não tarda é de manhã e eu estou a morrer de fome, e não é por causa deste patife que vamos ficar sem comer. " disse dirigindo-me para Sona.
Abaixei-me junto ao rapaz e segredei-lhe ao ouvido de maneira que ninguém ouvisse. "vais apodrecer na prisão"

Sona
Local: Mansão Buvelle

Clarissa fez algumas perguntas ao rapaz. Explicou-me também que teria de fazer uma inspecção à casa. Já Graves estava mal-disposto e, para além disso, cheio de fome. Não era o único. O problema é que eu não sabia cozinhar e a estas horas também já não existiam restaurantes abertos.
Enquanto esperávamos por uma resposta do pequeno, fui escrevendo no meu caderno.
- Esteja à vontade para inspeccionar a casa. Se não lhe der muito trabalho, também gostava de lhe pedir ajuda com aquela janela partida na biblioteca.
A seguir escrevi para Graves:
- Eu não sei cozinhar. Vamos ter que nos desenrascar de alguma maneira.
Mostrei o caderno a ambos. Sentia-me exausta. Só queria encontrar o conforto da minha cama. Com toda aquela situação, ainda nem pensara bem nos fantasmas que passeavam por aquela mansão.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

A dona da mansão devia comunicar através daquele caderno, pois sempre que escrevia dava-o aos outros dois para ler e eles respondiam-lhe. Ali estava curioso com a quantidade de coisas que poderiam estar escritas no caderno mas rapidamente se viu obrigado a prestar atenção à guarda que entretanto se tinha aninhado à sua frente para lhe colocar algumas perguntas.
- Eles pensam que vim brincar. Já devia ter voltado. - respondeu baixinho, para o homem mau não o conseguir ouvir.
Na verdade, os pais de Ali, que não eram seus pais verdadeiros, é que o mandavam a ele e ao seu irmão roubar os ricos para ficarem com a sua fortuna, mas se Ali os denunciasse apanharia a maior coça da sua vida.
Nisto, o homem de barbas foi à beira de Ali e assustou-o um pouco mais, o que fez que o pobre rapaz se virasse para a guarda.
- Quando posso ir para casa?


Última edição por Sanguinia em Qua Out 17, 2018 9:57 pm, editado 1 vez(es)
Sanguinia
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Demacia Empty Re: Demacia

Sáb Out 06, 2018 3:57 pm
- TERÇA FEIRA, MANHÃ -

Leanna
Localização: Casa de Leanna

A noite não foi assim tão calma como previra. As imagens de Albert a agarrar-me e a forçar-me a ir para o seu quarto não saiam da minha cabeça. Estava sempre a pensar nisso e não no facto que estava em segurança em casa. Em algum ponto da noite até ouvi uns barulhos estranhos no exterior que me fez despertar daquele quase-sono e fui até à janela ver se estava alguém lá fora. Não vi ninguém e o exterior parecia calmo, possivelmente era só a minha cabeça a pregar-me partidas como sempre.
Voltei a deitar-me e não sei ao certo quando adormeci. Acordei cedo e sem sono apesar de me sentir extremamente cansada. Ainda faltavam algumas horas para começar a trabalhar, mas simplesmente não conseguia ficar mais na cama. Levantei-me e fui-me lavar e vestir. De seguida fui até à cozinha e comecei a preparar café para ver se me ajudava a enfrentar o dia.

LUCIAN
Localização: Casa de Leanna

Acordei com a claridade da luz do sol, lentamente fui abrindo os olhos e já era de dia. Tentei mexer os braços mas estes pareciam ser feitos de pedra, todo o corpo custava-me a mexer, fiz bastante força para me puxar para cima mas o máximo que consegui foi uma pequena elevação na almofada. Não tinha muito sono mas o cansaço era o que mais precisava, apesar de já estar acordado permaneci na cama deitado a descansar mais um pouco com os olhos semi-serrados no conforto daquela cama.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

O rapaz respondeu-lhe por fim, dizendo que já era suposto estar em casa - isso parecia-lhe óbvio. Notou também o tom de voz baixo que este usou, como se tivesse medo de alguma coisa. Estranhou, mas nada disse.

Recebeu depois alguns esclarecimentos acerca da situação tanto de Sona como de Graves - entretanto havia descoberto que era esse o seu nome -. Depois de aceitar o caderno de Sona, recebeu autorização para investigar a casa e ainda um pedido de ajuda em relação à janela da biblioteca, que supôs que fosse a janela partida que havia visto inicialmente.

Antes de responder, notou a luz do sol a começar a invadir o corredor da mansão. Suspirou, não admirava que todos parecessem tão esgotados. Graves tinha-se aproximado entretanto do rapaz e quando este se afastou, a criança inquiriu-o sobre quando poderia ir para casa.

"Ainda pode demorar um pouco, mas veremos o que podemos fazer.", precisaria de fazer a tal inspecção rápido, mas não a conseguiria fazer sozinha. Podia começar, porém, pelo primeiro local mencionado por Graves - podia deduzir pelo caminho que ele e o rapaz haviam feito anteriormente que seria nessa direcção.

"Menina Buvelle, poderia acompanhar-me? Não conheço a sua mansão, por isso talvez fosse mais simples desse modo.", observou depois o ar assustado do rapaz e o namorado da proprietária e olhou depois por momentos para Sona. Certamente não lhe podia dizer que tinha dúvidas em deixar um ladrão com o namorado dela.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Já amanhecera. Eu e Graves estávamos em jejum, não dormíramos nada, a janela da biblioteca estava partida, a mansão tinha de ser revistada. E eu ainda tinha que arranjar alguém para tomar conta da casa, mesmo enquanto eu não estivesse lá. Alguém de confiança. O problema é que nunca conhecera ninguém para além dos antigos empregados que estavam na mansão e a nobreza que Lestara me apresentara. Estava, decididamente, a ter uma enxaqueca brutalíssima. Isso recordava-me que ainda há poucos dias sofrera um esgotamento nervoso e que Miss Vessaria me aconselhara a ter cuidado.
Clarissa entretanto fez-me um pedido legítimo. Fechei os olhos durante dois segundos e senti que o meu coração batia dentro do meu cérebro com força. Não podia dar-me ao luxo de tentar relaxar, isso com certeza me iria enviar para um sono profundo. Peguei então no meu caderno e voltei a escrever para Graves:
- Por favor, não lhe faças mal. Ele é apenas uma criança.
Depois de Graves ler a pequena frase que eu escrevera, dei-lhe um breve beijo nos lábios. Não era natural demonstrar o afecto que sentia em público - mesmo depois do beijo que lhe dera no meio do salão da Academia - mas precisava de algum conforto e eu sabia que os seus lábios seriam o suficiente por agora.

Fiz sinal a Clarissa para me seguir, levando o caderno e a caneta comigo. Começámos pelo andar de baixo, onde se encontrava a cozinha, as dispensas e os quartos dos empregados. Escrevi-lhe no caderno que, daquela zona, a única coisa que tínhamos reparado estar em falta era comida. Antes de continuar, fiz-lhe uma pergunta no caderno:
- O pequeno sempre tem família ou não? A quantidade de comida espalhada no chão leva-me a crer que ele passa fome.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Enquanto Sona estava ocupada a falar com o seu namorado, Clarissa aproximou-se uma vez mais do rapaz e pôs-lhe uma mão no ombro enquanto sorria, como que a tentar tranquilizá-lo. Independentemente das razões que o tivessem levado a fazê-lo, o rapaz era um ladrão - mas primeiro ainda era uma criança assustada.

Levantou-se depois quando Sona lhe fez final e carregando a sua lança, seguiu-a pelo corredor até umas escadas que as levaram primeiramente a um andar inferior. Leu a mensagem no caderno da proprietária da mansão e acenou afirmativamente, agradecendo a informação. Supôs que não existisse algo de muito valor naquele andar, se a única coisa em falta era a comida.

"Não deve ser necessário revistar as outras divisões, então. Em relação à sua pergunta, menina Buvelle, o que o rapaz indicou é que tem família. Isso por si só não é sempre indicador que não haja fome.", um sorriso triste invadiu a face da guarda de Demacia, mas depois prosseguiu. "Acho estranho, porém, que ninguém o tenha vindo procurar ainda. Uma criança desaparecida durante uma noite inteira deveria suscitar algum alarme.", era certo que estavam numa zona onde se evitava grandes alaridos, mas quando se tratava do desaparecimento de uma criança, parecia-lhe que isso seria ignorado. Quando saísse da mansão, trataria de encontrar um colega seu para o questionar sobre alertas dados durante a noite.

"Podemos prosseguir quando assim o entender."

Sona
Local: Mansão Buvelle

A resposta de Clarissa preocupava-me. Pelo vistos o rapaz tinha família. Vi-me tentada a deixá-lo levar alguma da minha comida consigo mas depois apercebi-me que nem sequer sabia qual seria o tamanho da sua família, já para não falar que não sabia se ele ia voltar para casa ou se ia ficar preso pelos crimes que cometera. E se acabasse preso, lá dentro não o iriam deixar entrar com a comida e provavelmente iria fora. Todos os meus pensamentos iam dar a um beco sem saída. Por muito que quisesse, não sabia como ajudar o rapaz.
Depois de receber a confirmação de Clarissa para continuarmos, voltámos a subir as escadas e fomos para o andar superior, deixando o do meio - onde se encontrava a entrada - por revistar.
- Penso que ali em baixo ele não roubou nada. Mas cá em cima dei por falta de algumas jóias da minha mãe e algumas minhas também. - escrevi eu no caderno.
Não trouxera as jóias que estavam em cima do móvel comigo - nem sequer pensara nisso. No entanto, eu sabia perfeitamente o que estava em cima do móvel, eu conhecia aquelas jóias de cor. Agora só faltava verificar quais é que tinham desaparecido, visto que tinha sido Graves quem encontrara as nossas gavetas e caixas remexidas.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Sona parecia preocupada, tendo a guarda de Demacia deduzido que se devia à situação do rapaz - tinha sido a última coisa que haviam discutido, afinal. Clarissa não achava que a preocupação não tivesse sentido de ser - as circunstâncias do roubo seriam consideradas e o facto de ser uma criança apenas também, mas as penas sempre haviam sido pesadas em Demacia. Por vários anos tinha concordado cegamente com essa mentalidade, mas lidar com as situações ela mesma tinha-lhe mostrado uma perspectiva até então invisível.

Seguiu-a então quando esta subiu para o andar superior, passando pelo andar intermédio em que haviam começado. Depois de pedir licença para poder agarrar no caderno, leu a mensagem e conforme começava a responder, devolveu-o.

"Podemos verificar quais faltam e se coincidem com as que estão no móvel em baixo. Se existir alguma em falta que não esteja presente, provavelmente terei de o questionar novamente. Com o medo com que ele parece estar, acho pouco provável que ainda tenha algo consigo.", ajeitou a lança na sua mão e esperou então que Sona entrasse nos quartos, para a seguir e iniciar a verificação dos bens.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Acenei perante a afirmação de Clarissa. Fomos primeiro ao meu quarto. Lá estava o espelho enorme com o móvel por baixo e o banquinho onde eu me sentava a pentear o cabelo, a maquilhar-me e a colocar umas quantas jóias antes dos meus concertos. As gavetas estavam todas abertas e remexidas. Parecia que o rapaz tinha um apreço por jóias grandes pois deixara as mais pequenas para trás.
Aproximei-me e comecei pela primeira gaveta, deixando que Clarissa se ocupasse de outra. Até agora, estava tudo nos conformes com o que estava lá em baixo.
Após dar uma vista de olhos às gavetas que Clarissa tinha inspeccionado, acenei afirmativamente com a cabeça em sinal que estava tudo bem.
Saímos do meu quarto e avançámos até ao de Lestara. Abri a porta e senti-me sem ar, subitamente. O cheiro... O quarto ainda cheirava a ela. Apoiei-me na ombreira da porta, respirando o mais profundamente que conseguia. Não queria começar a chorar, ainda por cima em frente a um membro da guarda Demaciana. Levei a mão ao peito e fechei os olhos. Queria pensar em tudo menos na morte da minha mãe.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Sona levou-a até uma das divisões da mansão, que Clarissa deduziu ser um quarto pelo tipo de mobiliário e organização. Poderia estar errada - aquela casa era pelo menos três vezes a sua e quem saberia a quantidade e diversidade de divisões que aquelas famílias tinham nas suas casas?

O estado geral do quarto dava a entender que o rapaz ali estivera, pela desorganização que imperava e que destoava do resto da mansão que se encontrava perfeitamente arrumada. Observou enquanto a proprietária da mansão se dirigiu a uma das gavetas e ela mesma se deslocou a outra das gavetas remexidas. Clarissa não sabia bem o que procurar, pelo que observou apenas o estado desta e a desarrumação no seu interior. Repetiu o gesto algumas vezes em gavetas próximas. Entretanto, Sona aproximara-se e confirmara que tudo estava em ordem nas gavetas que a guarda havia já inspeccionado.

Seguiram depois em direcção a outra das divisões, embora a reacção de Sona tivesse sido bastante distinta - em poucos segundos, uma fraqueza pareceu afectar a artista e esta apoiou-se na porta, levando a mão ao peito de seguida. Clarissa aproximou-se rapidamente e colocou um dos braços de Sona sobre o seu ombro, para que esta se pudesse apoiar. Talvez devesse ter pedido permissão para tamanho contacto físico, mas pensou que a situação o requeria.

"Não será melhor fazer uma pausa?", Clarissa deduziu que a sua fraqueza se devera à noite em claro e à falta de uma refeição.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Uma pausa era tão bem-vinda. Mas eu queria resolver aquele assunto depressa, já para não falar do resto. Se fosse agora deitar-me, provavelmente ficaria a dormir o dia inteiro e tinha demasiados assuntos para tratar para que isso acontecesse.
Neguei com um gesto da cabeça a sugestão de Clarissa e entrei finalmente no quarto, dirigindo-me à cómoda de Lestara, que parecia ter sido o único sítio que tinha sido remexido. Comecei a procurar e vi, novamente, que o rapaz só levara as jóias maiores. Não sabia onde é que ele arranjara tantos bolsos para tanta coisa, mas mais uma vez correspondia ao que estava lá em baixo. E o cofre estava seguro, segundo Graves.
Quando finalmente saímos do quarto de Lestara, fechei a porta atrás de mim e respirei fundo. O ar cá fora não estava impregnado pelo seu cheiro, felizmente.
- Penso que terminámos. Não encontrámos mais sinais de roubo em mais nenhum quarto. E parece corresponder tudo às jóias que estão lá em baixo. - escrevi eu no meu caderno, entregando-o de seguida.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Sona recusou a pausa sugerida por Clarissa, entrando depois no quarto que estavam a verificar naquele momento. Esta dirigiu-se depois até um móvel em específico, que de facto parecia ser a única coisa fora de sítio. A guarda de Demacia aproveitou esse momento para tomar atenção ao resto dos pormenores, para que pudesse formular um relatório em condições - ao mesmo tempo, ia prestando também atenção ao estado de Sona.

Agora que se lembrara, a casa dos Buvelle tinha pelo menos duas pessoas - além da rapariga na sua frente, Lestara Buvelle era também uma figura conhecida na cidade. Pouco mais sabia dela além do facto de que era uma pessoa com grande influência e não lhe pareceu por bem questionar Sona sobre um assunto pessoal - a situação em que esta se encontrava já era caricata que chegasse.

Pouco depois, saíram do quarto em que se encontravam e o caderno foi-lhe entregue uma vez mais. Devolveu o caderno depois de ler a mensagem e respondeu.

"Nesse caso, as perdas serão apenas ao nível dos alimentos.", fez uma pausa, lembrando-se depois de algo. "E a janela partida. A menina Buvelle disse que pretendia a minha ajuda?"

Sona
Local: Mansão Buvelle

Clarissa relembrou-me que lhe tinha pedido ajuda com a janela. Tinha-o feito a pensar que não queria a janela partida durante a noite, enquanto estivéssemos a tentar descansar. Agora, que já amanhecera, bastava dirigir-me à loja do senhor que poderia resolver o meu problema. Não sabia se já estaria aberta ou não mas também precisava de comer alguma coisa primeiro.
- Já não é preciso, muito obrigado. E obrigado por toda a ajuda que nos deu. Talvez seja melhor irmos agora ter com eles. - escrevi eu.
Visto que o rapaz seria apenas condenado de ter roubado comida, talvez o seu castigo não fosse assim tão severo como eu esperava.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Depois de ler a mensagem de Sona no caderno, assentiu e esperou então que Sona seguisse na frente para o andar de baixo. Qualquer uma das pessoas naquela casa deveria estar esgotada, por isso quanto mais depressa terminasse o seu trabalho, melhor para todos.

"Não é necessário agradecer, estou apenas a fazer o meu trabalho.", infelizmente, tinha algumas preocupações em relação ao que iria acontecer quando entregasse o rapaz aos seus superiores. Clarissa teria de tentar também descobrir se havia existido algum alerta sobre uma criança desaparecida na noite passada.

Graves
Local: Mansão Buvelle

A minha má disposição tornou-se maior quando Sona disse que não sabia cozinhar. Provavelmente teria de comer um bocado de pão duro ou algo do género numa casa que se vendesse um ladrilho comeria um banquete. E tudo por causa daquele pirralho mal cheiroso.
Quando o miúdo falou novamente disse que tinha pais e que queria ir voltar para casa. Era impossível um miúdo daqueles pensar que realmente iria para casa. Ele tinha de sofrer pelo que fez e por me fazer perder uma noite inteira que podia ter aproveitado de tantas formas.
Finalmente a guarda decidiu ir ver mais o que o rato tinha roubado e Sona pediu-me para não lhe fazer mal e deu-me um beijo doce, quase me acalmando mas com pouco sucesso.
Assim que viraram costas e subiram as escadas, peguei no miúdo pelos colarinhos e joguei-o contra a parede fazendo com que caísse de barriga para cima. Coloquei-lhe a sola da minha bota sobre o externo e apontei-lhe o cano da minha arma mesmo junto ao nariz, a ver se o cheiro da pólvora desta vez lhe tirava a vontade de fugir.
"Amigo se tentas sequer mexer um músculo até que elas voltem vai ser a ultima vez que te mexes, garanto-te que não te dou uma terceira hipótese.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Descemos finalmente em direcção ao corredor onde se encontravam Graves e o rapaz. Ao chegarmos lá, vi novamente um cenário que me deixou os nervos em franja. Corri até Graves e afastei-o do garoto, fazendo alguma força. Visto que não conseguia comunicar vocalmente com ele, olhei-o directamente nos olhos com alguma angústia. Porque é que ele estava a ser assim?
Decidi esperar que Clarissa saísse com o rapaz para depois falar com ele.


Vayne
Casa de Vayne

Enquanto estava a jantar, acabei por me distrair nos pensamentos e quando voltei a prestar atenção ao que se estava a passar, foi quando senti o sol a bater-me na cara.
"Fogo, já é de manha?" - pensei, olhando para o sitio onde estava sentado o "convidado". - "A dormir. Maravilha."
Levantei-me silenciosamente, peguei numa das minhas flechas e coloquei-a ao lado, saindo de seguida da casa que outrora fora minha.
"Parece que está na hora de enterrar o passado..." - pensei, saindo porta fora em direção ao centro da cidade.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

A senhora guarda disse que ainda podia demorar até Ali poder ir para casa, o que fez com que o rapaz fizesse descair a cabeça em desânimo. Nem a palmadinha reconfortante o ajudou a ficar menos triste. Mas pior que isso foi quando ela e a dona da casa o deixaram sozinho com o homem de barbas. OUTRA VEZ! E se antes ter uma arma apontada à cara fora assustador o suficiente, então o que se seguiu foi aterrador. O homem ergueu Ali do chão com uma força descomunal e atirou-o contra uma parede. Naturalmente, o rapaz começou a gritar mas o impacto quase o deixou sem ar.
Quando Ali estava prestes a gritar novamente, o homem de barbas pisou-o no peito e encostou-lhe o cano da arma ao nariz. Ali agarrou a bota do homem e tentou atenuar a sua força mas era em vão. Felizmente o seu aperto não durou muito pois a dona da casa e a guarda regressaram e acabaram com a situação abusadora.
Ali rebolou sobre si mesmo e levantou-se do chão ofegante mas com um olhar irado que direccionou ao homem.
- Ele tentou matar-me! - gritou finalmente apontando o dedo acusador ao agressor.

Lux
Localização: Mansão Crownguard

Acordei. Ainda atordoada saltei da cama e corri até ao despertador para poder ver as horas. Eram 10h, estava completamente atrasada para o pequeno-almoço, o que era óbvio depois do pouco que eu tinha dormido. Ninguém me tinha vindo acordar, nem sequer o meu pássaro cantou esta manhã de forma a que me despertasse. Devagar, fui tentar ouvir atrás da porta do meu quarto lá para fora, tentando saber se ainda estava alguém em casa da minha família ou funcionários, mas ouvia um profundo silêncio da manhã.
"Já que não está ninguém, não tenho razões para pressa. Vou tomar o meu banho, arranjar-me e passar pela cidade mais tarde."
Sob o meu pijama, vesti um roupão enorme que me protegia a 100% do frio e fui tomar o pequeno-almoço por minha conta, acabando por comer umas panquecas de aveia e um sumo de laranja que tinham deixado guardados especialmente para mim. "Obrigada!" Reparei que a porta do quarto de Garen ainda estava fechada, também ele se teria deixado dormir?
Com a energia do pequeno-almoço já podia começar as tarefas deste dia, começando pelo banho de espuma, passando pela maquilhagem e a difícil escolha da roupa. Não podia negar que cheirava mesmo bem e ia imediatamente para a cidade para não perder o ritmo.
Primeiro ainda passei pela Escola de Magia, cumprimentei os meus mestres e amigos e só depois fui até ao centro da cidade, onde acabei por comprar um chocolate quente e sentei-me num banco a saboreá-lo.Clarissa
Local: Mansão Buvelle

O rapaz respondeu-lhe por fim, dizendo que já era suposto estar em casa - isso parecia-lhe óbvio. Notou também o tom de voz baixo que este usou, como se tivesse medo de alguma coisa. Estranhou, mas nada disse.

Recebeu depois alguns esclarecimentos acerca da situação tanto de Sona como de Graves - entretanto havia descoberto que era esse o seu nome -. Depois de aceitar o caderno de Sona, recebeu autorização para investigar a casa e ainda um pedido de ajuda em relação à janela da biblioteca, que supôs que fosse a janela partida que havia visto inicialmente.

Antes de responder, notou a luz do sol a começar a invadir o corredor da mansão. Suspirou, não admirava que todos parecessem tão esgotados. Graves tinha-se aproximado entretanto do rapaz e quando este se afastou, a criança inquiriu-o sobre quando poderia ir para casa.

"Ainda pode demorar um pouco, mas veremos o que podemos fazer.", precisaria de fazer a tal inspecção rápido, mas não a conseguiria fazer sozinha. Podia começar, porém, pelo primeiro local mencionado por Graves - podia deduzir pelo caminho que ele e o rapaz haviam feito anteriormente que seria nessa direcção.

"Menina Buvelle, poderia acompanhar-me? Não conheço a sua mansão, por isso talvez fosse mais simples desse modo.", observou depois o ar assustado do rapaz e o namorado da proprietária e olhou depois por momentos para Sona. Certamente não lhe podia dizer que tinha dúvidas em deixar um ladrão com o namorado dela.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Já amanhecera. Eu e Graves estávamos em jejum, não dormíramos nada, a janela da biblioteca estava partida, a mansão tinha de ser revistada. E eu ainda tinha que arranjar alguém para tomar conta da casa, mesmo enquanto eu não estivesse lá. Alguém de confiança. O problema é que nunca conhecera ninguém para além dos antigos empregados que estavam na mansão e a nobreza que Lestara me apresentara. Estava, decididamente, a ter uma enxaqueca brutalíssima. Isso recordava-me que ainda há poucos dias sofrera um esgotamento nervoso e que Miss Vessaria me aconselhara a ter cuidado.
Clarissa entretanto fez-me um pedido legítimo. Fechei os olhos durante dois segundos e senti que o meu coração batia dentro do meu cérebro com força. Não podia dar-me ao luxo de tentar relaxar, isso com certeza me iria enviar para um sono profundo. Peguei então no meu caderno e voltei a escrever para Graves:
- Por favor, não lhe faças mal. Ele é apenas uma criança.
Depois de Graves ler a pequena frase que eu escrevera, dei-lhe um breve beijo nos lábios. Não era natural demonstrar o afecto que sentia em público - mesmo depois do beijo que lhe dera no meio do salão da Academia - mas precisava de algum conforto e eu sabia que os seus lábios seriam o suficiente por agora.

Fiz sinal a Clarissa para me seguir, levando o caderno e a caneta comigo. Começámos pelo andar de baixo, onde se encontrava a cozinha, as dispensas e os quartos dos empregados. Escrevi-lhe no caderno que, daquela zona, a única coisa que tínhamos reparado estar em falta era comida. Antes de continuar, fiz-lhe uma pergunta no caderno:
- O pequeno sempre tem família ou não? A quantidade de comida espalhada no chão leva-me a crer que ele passa fome.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Enquanto Sona estava ocupada a falar com o seu namorado, Clarissa aproximou-se uma vez mais do rapaz e pôs-lhe uma mão no ombro enquanto sorria, como que a tentar tranquilizá-lo. Independentemente das razões que o tivessem levado a fazê-lo, o rapaz era um ladrão - mas primeiro ainda era uma criança assustada.

Levantou-se depois quando Sona lhe fez final e carregando a sua lança, seguiu-a pelo corredor até umas escadas que as levaram primeiramente a um andar inferior. Leu a mensagem no caderno da proprietária da mansão e acenou afirmativamente, agradecendo a informação. Supôs que não existisse algo de muito valor naquele andar, se a única coisa em falta era a comida.

"Não deve ser necessário revistar as outras divisões, então. Em relação à sua pergunta, menina Buvelle, o que o rapaz indicou é que tem família. Isso por si só não é sempre indicador que não haja fome.", um sorriso triste invadiu a face da guarda de Demacia, mas depois prosseguiu. "Acho estranho, porém, que ninguém o tenha vindo procurar ainda. Uma criança desaparecida durante uma noite inteira deveria suscitar algum alarme.", era certo que estavam numa zona onde se evitava grandes alaridos, mas quando se tratava do desaparecimento de uma criança, parecia-lhe que isso seria ignorado. Quando saísse da mansão, trataria de encontrar um colega seu para o questionar sobre alertas dados durante a noite.

"Podemos prosseguir quando assim o entender."

Sona
Local: Mansão Buvelle

A resposta de Clarissa preocupava-me. Pelo vistos o rapaz tinha família. Vi-me tentada a deixá-lo levar alguma da minha comida consigo mas depois apercebi-me que nem sequer sabia qual seria o tamanho da sua família, já para não falar que não sabia se ele ia voltar para casa ou se ia ficar preso pelos crimes que cometera. E se acabasse preso, lá dentro não o iriam deixar entrar com a comida e provavelmente iria fora. Todos os meus pensamentos iam dar a um beco sem saída. Por muito que quisesse, não sabia como ajudar o rapaz.
Depois de receber a confirmação de Clarissa para continuarmos, voltámos a subir as escadas e fomos para o andar superior, deixando o do meio - onde se encontrava a entrada - por revistar.
- Penso que ali em baixo ele não roubou nada. Mas cá em cima dei por falta de algumas jóias da minha mãe e algumas minhas também. - escrevi eu no caderno.
Não trouxera as jóias que estavam em cima do móvel comigo - nem sequer pensara nisso. No entanto, eu sabia perfeitamente o que estava em cima do móvel, eu conhecia aquelas jóias de cor. Agora só faltava verificar quais é que tinham desaparecido, visto que tinha sido Graves quem encontrara as nossas gavetas e caixas remexidas.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Sona parecia preocupada, tendo a guarda de Demacia deduzido que se devia à situação do rapaz - tinha sido a última coisa que haviam discutido, afinal. Clarissa não achava que a preocupação não tivesse sentido de ser - as circunstâncias do roubo seriam consideradas e o facto de ser uma criança apenas também, mas as penas sempre haviam sido pesadas em Demacia. Por vários anos tinha concordado cegamente com essa mentalidade, mas lidar com as situações ela mesma tinha-lhe mostrado uma perspectiva até então invisível.

Seguiu-a então quando esta subiu para o andar superior, passando pelo andar intermédio em que haviam começado. Depois de pedir licença para poder agarrar no caderno, leu a mensagem e conforme começava a responder, devolveu-o.

"Podemos verificar quais faltam e se coincidem com as que estão no móvel em baixo. Se existir alguma em falta que não esteja presente, provavelmente terei de o questionar novamente. Com o medo com que ele parece estar, acho pouco provável que ainda tenha algo consigo.", ajeitou a lança na sua mão e esperou então que Sona entrasse nos quartos, para a seguir e iniciar a verificação dos bens.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Acenei perante a afirmação de Clarissa. Fomos primeiro ao meu quarto. Lá estava o espelho enorme com o móvel por baixo e o banquinho onde eu me sentava a pentear o cabelo, a maquilhar-me e a colocar umas quantas jóias antes dos meus concertos. As gavetas estavam todas abertas e remexidas. Parecia que o rapaz tinha um apreço por jóias grandes pois deixara as mais pequenas para trás.
Aproximei-me e comecei pela primeira gaveta, deixando que Clarissa se ocupasse de outra. Até agora, estava tudo nos conformes com o que estava lá em baixo.
Após dar uma vista de olhos às gavetas que Clarissa tinha inspeccionado, acenei afirmativamente com a cabeça em sinal que estava tudo bem.
Saímos do meu quarto e avançámos até ao de Lestara. Abri a porta e senti-me sem ar, subitamente. O cheiro... O quarto ainda cheirava a ela. Apoiei-me na ombreira da porta, respirando o mais profundamente que conseguia. Não queria começar a chorar, ainda por cima em frente a um membro da guarda Demaciana. Levei a mão ao peito e fechei os olhos. Queria pensar em tudo menos na morte da minha mãe.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Sona levou-a até uma das divisões da mansão, que Clarissa deduziu ser um quarto pelo tipo de mobiliário e organização. Poderia estar errada - aquela casa era pelo menos três vezes a sua e quem saberia a quantidade e diversidade de divisões que aquelas famílias tinham nas suas casas?

O estado geral do quarto dava a entender que o rapaz ali estivera, pela desorganização que imperava e que destoava do resto da mansão que se encontrava perfeitamente arrumada. Observou enquanto a proprietária da mansão se dirigiu a uma das gavetas e ela mesma se deslocou a outra das gavetas remexidas. Clarissa não sabia bem o que procurar, pelo que observou apenas o estado desta e a desarrumação no seu interior. Repetiu o gesto algumas vezes em gavetas próximas. Entretanto, Sona aproximara-se e confirmara que tudo estava em ordem nas gavetas que a guarda havia já inspeccionado.

Seguiram depois em direcção a outra das divisões, embora a reacção de Sona tivesse sido bastante distinta - em poucos segundos, uma fraqueza pareceu afectar a artista e esta apoiou-se na porta, levando a mão ao peito de seguida. Clarissa aproximou-se rapidamente e colocou um dos braços de Sona sobre o seu ombro, para que esta se pudesse apoiar. Talvez devesse ter pedido permissão para tamanho contacto físico, mas pensou que a situação o requeria.

"Não será melhor fazer uma pausa?", Clarissa deduziu que a sua fraqueza se devera à noite em claro e à falta de uma refeição.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Uma pausa era tão bem-vinda. Mas eu queria resolver aquele assunto depressa, já para não falar do resto. Se fosse agora deitar-me, provavelmente ficaria a dormir o dia inteiro e tinha demasiados assuntos para tratar para que isso acontecesse.
Neguei com um gesto da cabeça a sugestão de Clarissa e entrei finalmente no quarto, dirigindo-me à cómoda de Lestara, que parecia ter sido o único sítio que tinha sido remexido. Comecei a procurar e vi, novamente, que o rapaz só levara as jóias maiores. Não sabia onde é que ele arranjara tantos bolsos para tanta coisa, mas mais uma vez correspondia ao que estava lá em baixo. E o cofre estava seguro, segundo Graves.
Quando finalmente saímos do quarto de Lestara, fechei a porta atrás de mim e respirei fundo. O ar cá fora não estava impregnado pelo seu cheiro, felizmente.
- Penso que terminámos. Não encontrámos mais sinais de roubo em mais nenhum quarto. E parece corresponder tudo às jóias que estão lá em baixo. - escrevi eu no meu caderno, entregando-o de seguida.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Sona recusou a pausa sugerida por Clarissa, entrando depois no quarto que estavam a verificar naquele momento. Esta dirigiu-se depois até um móvel em específico, que de facto parecia ser a única coisa fora de sítio. A guarda de Demacia aproveitou esse momento para tomar atenção ao resto dos pormenores, para que pudesse formular um relatório em condições - ao mesmo tempo, ia prestando também atenção ao estado de Sona.

Agora que se lembrara, a casa dos Buvelle tinha pelo menos duas pessoas - além da rapariga na sua frente, Lestara Buvelle era também uma figura conhecida na cidade. Pouco mais sabia dela além do facto de que era uma pessoa com grande influência e não lhe pareceu por bem questionar Sona sobre um assunto pessoal - a situação em que esta se encontrava já era caricata que chegasse.

Pouco depois, saíram do quarto em que se encontravam e o caderno foi-lhe entregue uma vez mais. Devolveu o caderno depois de ler a mensagem e respondeu.

"Nesse caso, as perdas serão apenas ao nível dos alimentos.", fez uma pausa, lembrando-se depois de algo. "E a janela partida. A menina Buvelle disse que pretendia a minha ajuda?"

Sona
Local: Mansão Buvelle

Clarissa relembrou-me que lhe tinha pedido ajuda com a janela. Tinha-o feito a pensar que não queria a janela partida durante a noite, enquanto estivéssemos a tentar descansar. Agora, que já amanhecera, bastava dirigir-me à loja do senhor que poderia resolver o meu problema. Não sabia se já estaria aberta ou não mas também precisava de comer alguma coisa primeiro.
- Já não é preciso, muito obrigado. E obrigado por toda a ajuda que nos deu. Talvez seja melhor irmos agora ter com eles. - escrevi eu.
Visto que o rapaz seria apenas condenado de ter roubado comida, talvez o seu castigo não fosse assim tão severo como eu esperava.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Depois de ler a mensagem de Sona no caderno, assentiu e esperou então que Sona seguisse na frente para o andar de baixo. Qualquer uma das pessoas naquela casa deveria estar esgotada, por isso quanto mais depressa terminasse o seu trabalho, melhor para todos.

"Não é necessário agradecer, estou apenas a fazer o meu trabalho.", infelizmente, tinha algumas preocupações em relação ao que iria acontecer quando entregasse o rapaz aos seus superiores. Clarissa teria de tentar também descobrir se havia existido algum alerta sobre uma criança desaparecida na noite passada.


Graves
Local: Mansão Buvelle

A minha má disposição tornou-se maior quando Sona disse que não sabia cozinhar. Provavelmente teria de comer um bocado de pão duro ou algo do género numa casa que se vendesse um ladrilho comeria um banquete. E tudo por causa daquele pirralho mal cheiroso.
Quando o miúdo falou novamente disse que tinha pais e que queria ir voltar para casa. Era impossível um miúdo daqueles pensar que realmente iria para casa. Ele tinha de sofrer pelo que fez e por me fazer perder uma noite inteira que podia ter aproveitado de tantas formas.
Finalmente a guarda decidiu ir ver mais o que o rato tinha roubado e Sona pediu-me para não lhe fazer mal e deu-me um beijo doce, quase me acalmando mas com pouco sucesso.
Assim que viraram costas e subiram as escadas, peguei no miúdo pelos colarinhos e joguei-o contra a parede fazendo com que caísse de barriga para cima. Coloquei-lhe a sola da minha bota sobre o externo e apontei-lhe o cano da minha arma mesmo junto ao nariz, a ver se o cheiro da pólvora desta vez lhe tirava a vontade de fugir.
"Amigo se tentas sequer mexer um músculo até que elas voltem vai ser a ultima vez que te mexes, garanto-te que não te dou uma terceira hipótese.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Descemos finalmente em direcção ao corredor onde se encontravam Graves e o rapaz. Ao chegarmos lá, vi novamente um cenário que me deixou os nervos em franja. Corri até Graves e afastei-o do garoto, fazendo alguma força. Visto que não conseguia comunicar vocalmente com ele, olhei-o directamente nos olhos com alguma angústia. Porque é que ele estava a ser assim?
Decidi esperar que Clarissa saísse com o rapaz para depois falar com ele.

Vayne
Casa de Vayne

Enquanto estava a jantar, acabei por me distrair nos pensamentos e quando voltei a prestar atenção ao que se estava a passar, foi quando senti o sol a bater-me na cara.
"Fogo, já é de manha?" - pensei, olhando para o sitio onde estava sentado o "convidado". - "A dormir. Maravilha."
Levantei-me silenciosamente, peguei numa das minhas flechas e coloquei-a ao lado, saindo de seguida da casa que outrora fora minha.
"Parece que está na hora de enterrar o passado..." - pensei, saindo porta fora em direção ao centro da cidade.

ALI
Localização: Mansão Buvelle

A senhora guarda disse que ainda podia demorar até Ali poder ir para casa, o que fez com que o rapaz fizesse descair a cabeça em desânimo. Nem a palmadinha reconfortante o ajudou a ficar menos triste. Mas pior que isso foi quando ela e a dona da casa o deixaram sozinho com o homem de barbas. OUTRA VEZ! E se antes ter uma arma apontada à cara fora assustador o suficiente, então o que se seguiu foi aterrador. O homem ergueu Ali do chão com uma força descomunal e atirou-o contra uma parede. Naturalmente, o rapaz começou a gritar mas o impacto quase o deixou sem ar.
Quando Ali estava prestes a gritar novamente, o homem de barbas pisou-o no peito e encostou-lhe o cano da arma ao nariz. Ali agarrou a bota do homem e tentou atenuar a sua força mas era em vão. Felizmente o seu aperto não durou muito pois a dona da casa e a guarda regressaram e acabaram com a situação abusadora.
Ali rebolou sobre si mesmo e levantou-se do chão ofegante mas com um olhar irado que direccionou ao homem.
- Ele tentou matar-me! - gritou finalmente apontando o dedo acusador ao agressor.

Lux
Localização: Mansão Crownguard

Acordei. Ainda atordoada saltei da cama e corri até ao despertador para poder ver as horas. Eram 10h, estava completamente atrasada para o pequeno-almoço, o que era óbvio depois do pouco que eu tinha dormido. Ninguém me tinha vindo acordar, nem sequer o meu pássaro cantou esta manhã de forma a que me despertasse. Devagar, fui tentar ouvir atrás da porta do meu quarto lá para fora, tentando saber se ainda estava alguém em casa da minha família ou funcionários, mas ouvia um profundo silêncio da manhã.
"Já que não está ninguém, não tenho razões para pressa. Vou tomar o meu banho, arranjar-me e passar pela cidade mais tarde."
Sob o meu pijama, vesti um roupão enorme que me protegia a 100% do frio e fui tomar o pequeno-almoço por minha conta, acabando por comer umas panquecas de aveia e um sumo de laranja que tinham deixado guardados especialmente para mim. "Obrigada!" Reparei que a porta do quarto de Garen ainda estava fechada, também ele se teria deixado dormir?
Com a energia do pequeno-almoço já podia começar as tarefas deste dia, começando pelo banho de espuma, passando pela maquilhagem e a difícil escolha da roupa. Não podia negar que cheirava mesmo bem e ia imediatamente para a cidade para não perder o ritmo.
Primeiro ainda passei pela Escola de Magia, cumprimentei os meus mestres e amigos e só depois fui até ao centro da cidade, onde acabei por comprar um chocolate quente e sentei-me num banco a saboreá-lo.


Última edição por Sanguinia em Qua Out 17, 2018 10:26 pm, editado 1 vez(es)
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Demacia Empty Re: Demacia

Sáb Out 06, 2018 4:04 pm
LUCIAN
Local: Casa de Leanna

Como por milagre algum cansaço estava a desvanecer, já me sentia bem melhor. Levantei-me da cama, vesti-me e saí do quarto à procura de Leanna para me despedir. Leanna encontrava-se a tomar o seu pequeno-almoço na cozinha, presumi que devia estar com pressa e não a quis estar a interrompe-la muito tempo, iria tomar o pequeno-almoço a algum sitio.

- "Bom dia e... acho que vou indo. Obrigado por tudo, Leanna." - disse despedindo-me.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Sona finalmente tinha chegado mas com um olhar bem estranho e empurrou-me de cima do rapaz. "Não vês que ele assim foge? Já o tentou uma vez. Não te lembras?"
Nisso o rapaz começa a dizer que o queria matar.
"Vontade não me falta mas ainda nem cheguei perto de tentar, isso deixo para quem tratar de ti na prisão."
Estava a começar a ver que o rapaz estava a tentar virar o bico ao prego e a tentar que se distraissem comigo, por isso nunca deixei de apontar Destiny a ele.

Sona
Local: Mansão Buvelle

As atitudes de Graves estavam a deixar-me ainda mais abalada do que já me encontrava. Não conseguia entender todo aquele ódio. Só me fazia lembrar a noite em que ele esmurrara Twisted Fate e acabara por ir parar ao Purgatório. Será que ele ainda não tinha percebido que aquilo não o ia levar a lado nenhum?
Fiz sinal a Clarissa para que ela se despachasse a sair com o rapaz. Não queria ter a minha primeira discussão à frente de uma estranha, mesmo que essa nos tivesse ajudado bastante nas últimas horas.

Clarissa
Local: Mansão Buvelle

Quando estavam prestes a chegar ao fim das escadas, escutou um grito vindo do andar de baixo. Ao chegarem, verificou que o namorado de Sona estava uma vez mais a lidar de forma menos correcta com o rapaz. A dona da mansão adiantou-se a Clarissa e avançou sobre Graves, afastando-o do rapaz que agora gritava a dizer que o homem o tinha tentado matar.

Clarissa aproximou-se deste e tentou acalmá-lo, ajudando-o a levantar-se. Acalmá-lo realmente seria difícil quando Graves insistia em apontar-lhe uma arma, pelo que Clarissa se decidiu colocar entre este e a arma, virando-se porém na direcção de Sona depois de ver o seu sinal.

"Penso que excepto a comida e a janela, todos os seus bens estão intactos, menina Buvelle. Levarei agora o rapaz perante os meus superiores e provavelmente será contactada mais tarde.", fez uma pausa e ainda olhou para Graves, mas a situação já estava demasiado tensa e os seus comentários não ajudariam.

"Se for necessário alguma coisa mais, não hesite em chamar qualquer um dos guardas de Demacia. Com a vossa licença.", fez uma vénia a ambos e olhou então para o rapaz atrás de si, indicando-lhe com um gesto que pretendia que ele seguisse na sua frente.

Depois de ele o fazer, seguiu atrás deste com a lança em riste e fechou a porta da mansão atrás de si.

Já no lado de fora, depois de se afastar um pouco da mansão Buvelle, olhou uma vez mais para o rapaz.

"Onde posso encontrar os teus pais?", Clarissa sabia que depois de o entregar, pouco teria a dizer da sentença que lhe seria atribuída, por isso queria ter a certeza de que pelo menos contactava os pais deste.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Mal Clarissa saiu porta fora, peguei no caderno.
- O que estavas a fazer? Eu pedi-te para não lhe fazeres mal! Era apenas uma criança! - escrevi eu demasiado depressa, fazendo com que a minha letra se assemelhasse a gatafunhos.
Discutir e ser muda ao mesmo tempo era a pior combinação de sempre. Os que conseguiam falar iriam sempre impôr-se ao que eu escrevia, já para não falar que eram mais rápidos nos seus argumentos pois não tinham que os escrever à mão.
Entreguei-lhe o caderno com alguma brusquidão para ver se ele entendia o quão chateada eu estava.

ALI
Local: Mansão Buvelle

O homem de barbas continuou a assustar o pequeno Ali mesmo que só com as suas palavras naquele ponto, pois a guarda demaciana colocara-se entre o rapaz e a arma a si apontada. Ali encolheu-se ao ouvir a prisão ser mencionada uma vez mais mas por incrível que parecesse ficou mais aliviado quando a guarda procedeu às despedidas.
Respondendo ao seu gesto, Ali saiu da mansão à sua frente sem olhar para trás uma única vez.
Já no exterior foi questionado sobre o local onde estariam os seus pais. Como não sabia a sua morada de cor, Ali apontou para um dos cortes que desviava a rua onde se encontravam do seu trajecto principal.
- A minha casa é por ali...

Leanna
Local: Casa de Leanna

Fintava a minha caneca de café quase vazia enquanto a minha mente processava tudo o que se tinha passado na noite anterior, novamente. Fui interrompida por Lucian que apareceu na cozinha despedindo-se. Levantei-me subitamente da cadeira pousando a caneca com alguma brusquidão na mesa.
- Já?!? - perguntei instintivamente. Depois apercebi-me da minha estúpida reação e compus-me, desviando o olhar para o chão - Não quer tomar o pequeno-almoço? Já tenho o café pronto...

Liz
Local: Centro da Cidade

Tinha chegado finalmente o dia. Liz encontrava-se ansiosa e caminhava rapidamente pelo centro da cidade com a sua bengala guia para a ajudar a percorrer as ruas sem embater em ninguém. Pela última vez ia fazer aquele percurso sem a sua visão. Se corresse tudo bem, hoje partiria para Piltover e seria operada aos olhos e iria recuperar a sua visão que tinha sido perdida num acidente com um líquido corrosivo há bastantes anos atrás. Encontrava-se ansiosa mas feliz. Faltava pouco para se ver livre daquela bengala finalmente e poderia voltar a ver o mundo e as suas cores!
A mulher foi então ao local que ia todas as manhãs: uma pequena barraquinha no centro de Demacia que servia cafés, chás e chocolates quentes, com vários doces e bolos para acompanhar. Pediu o mesmo de sempre, um grande copo de café e um bolo de chocolate, e seguiu para o seu cantinho de sempre: um banco não muito longe dali. A segurar desajeitadamente numa mão o copo de café e o bolo e na outra a sua bengala, bateu com esta pelo caminho para ver se não embatia em ninguém e chegou ao banco. Parou, bateu mais umas vezes no chão aos pés do banco e viu que ninguém ali estava. Sentou-se então, mas estava enganada ao não estar ali ninguém. Ao sentar-se sentiu alguém por baixo de si e um líquido a ser derramado. Levantou-se de imediato deixando cair a sua bengala no chão e derramando um bocado do seu café também. Felizmente o bolo manteve-se intacto na sua mão.
- Oh não! Desculpe desculpe desculpe! Não sabia que estava aí! Desculpe! - pediu de imediato abanando as mãos fixando um ponto sem saber se era aí que se encontrava a pessoa ou não.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Assim que a porta bateu atrás de nós deixando-nos sozinhos Sona pegou no seu caderno e começou a escrevinhar mais rapidamente do que era comum, e no seu olhar podia se ver a fúria contida.

"Mas eu fiz lhe algum mal? Quer dizer ele invade te a casa rouba-te as coisas parte-te a janela e tu ainda estas com pena por ser uma criança? Eu só lhe pus o pé em cima porque ele já tinha fugido uma vez quando tentei da tua maneira, sem lhe tocar. Não percebes que eu tenho muita experiência com este tipo de crianças?" - Gesticulei com os meus dedos fazendo aspas quando disse a ultima palavra. " Eu já fui como ele, quem não tem o mesmo que tu tens rouba a pessoas como tu." - Fiz um pequena pausa enquanto olhava para o chão - "E já sei que como eu também fui como ele devia ter consideração, mas não tenho. Porque tal e qual como ele fui preso por fazer o que não devia."

Sona
Local: Mansão Buvelle

Graves explicou-me o seu ponto de vista. Depois de o ouvir, suspirei e levei uma mão até à minha testa. Encontrava-me exausta e o dia ainda agora tinha começado, se bem que para nós já íamos no segundo dia acordados. Tentando colocar aquele assunto de parte, visto que exigia algum esforço mental da minha parte para lhe explicar a minha perspectiva, peguei novamente no caderno.
- Por favor, vamos levar as coisas para o quarto, tomar um banho e sair para comer alguma coisa. Temos também que ir arranjar alguém que nos substitua o vidro da biblioteca. - escrevi eu.
Entreguei-lhe o caderno para as mãos e aproximei-me das malas que estavam na entrada. Tinha também que levar as jóias para os seus sítios, o que implicava ter de entrar no quarto de Lestara novamente.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Sona pegou no caderno e voltou a escrever.
"Ok diz-me para onde é o quarto e não me digas que vamos ter de subir as escadas" Respondi-lhe enquanto começava a minha dança para colocar aquela mala gigantesca às costas.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Ao ver a expressão aflita de Graves, não consegui deixar de sorrir. Antes de pegar nas minhas coisas, ainda lhe escrevi algo no caderno:
- Noutros tempos teríamos a casa cheia de empregados e não terias de ser tu a carregá-la. Infelizmente, ainda tenho que ir contratar pessoas novas. O meu quarto é o primeiro que revistaste. - escrevi eu, passando-lhe depois o caderno para as mãos.
Peguei nas jóias que estavam em cima do móvel e coloquei-as dentro de um compartimento da minha bolsa de higiene. Depois peguei no máximo que conseguia, colocando o meu instrumento também no sítio, e subi as escadas. Passei pelo quarto de Lestara sem sequer olhar para ele e entrei pelo meu adentro. Este estava iluminado pois as cortinas estavam presas nuns pequenos laços azuis-escuros que serviam para as manter no sítio e sem enrugar. Pousei as minhas coisas em cima da cama e esperei por Graves. Agora que me apercebia, íamos partilhar o mesmo quarto. Uma senhora, segundo Lestara, colocaria o cavalheiro no quarto de hóspedes, mesmo tendo segundas intenções com ele. Mas Lestara estava morta e eu queria finalmente estar sozinha com ele, já que na Academia era praticamente impossível.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Sona mostrou-me o caderno enquanto continuava a minha dança.
Quando finalmente coloquei a mala às costas já ela ia a subir as escadas fazendo-me suspirar quando lá cheguei.
Pé ante pé subi as escadas que pareciam nunca mais acabar. Quando cheguei ao quarto deixei cair a mala quase na entrada e fiquei deitado no chão a arfar tentando recuperar as minhas costas daquele tratamento

Sona
Local: Mansão Buvelle

Graves largou a sua gigante mala à entrada do quarto e deitou-se no chão, a arfar.
- Precisas que te traga alguma coisa? - escrevi eu no caderno.
Aproximei-me dele e ajoelhei-me ao seu lado, dando-lhe o caderno para a mão. Não fazia a mínima ideia de como o ajudar.

Graves
Local: Mansão Buvelle

"Não Não, estou só a recuperar o fôlego" , respodi-lhe

Sona
Local: Mansão Buvelle

Após a sua resposta, voltei a levantar-me e fui até à minha cama, começando a desfazer as malas. Tirei apenas um vestido para cada dia da semana, roupa interior e as minhas coisinhas de higiene para fora. Coloquei o resto da mala debaixo da cama e peguei nas jóias que tinha trazido para cima. Olhando-as atentamente, acabei por guardá-las a todas nas minhas gavetas da cómoda. Ainda não estava preparada para voltar a entrar naquele quarto assim tão cedo.
Pendurei os vestidos no meu guarda-fatos e deixei algum espaço para Graves, caso ele quisesse colocar a sua roupa ali durante a semana.

Lux
Local: Centro de Demacia

Tentava envolver as mãos o melhor que podia para serem aquecidas pelo chocolate quente. Conseguia ver o fumo que saía da minha boca só com o frio e, entre pequenos goles na bebida, tentava desenhar várias formas com o fumo. Já faltava menos de uma semana para me ausentar de Demacia e já a via de outra maneira, pareciam saudades antecipadas.

Distraída com desenhos no ar, dou por mim com uma mulher um pouco confusa ao meu lado. Desviei o olhar do meu chocolate e foi aí que me apercebi: era uma mulher cega com uma bengala auxiliar que provavelmente procurava apenas um lugar para se sentar. Sem muito tempo para reagir ou até mesmo tentar ajudar, a mulher, sem se aperceber, acabou por se sentar ao meu colo entornando todo o chocolate MUITO quente sobre a minha roupa e parte da dela. Saltei do banco rapidamente e segurei-lhe no ombro com a minha mão, como forma de lhe dizer que estava tudo bem. Ainda assim, a senhora ainda entornou um pouco da bebida que segurava numa das mãos, ficando o bolo em "segurança".
"Não se preocupe, não tem problema algum! As bebidas queimaram-na? Fique aqui enquanto vou ali buscar algo para nos limparmos." Ajudei a senhora a voltar a sentar-se com calma no banco enquanto fui buscar uns guardanapos e um novo café para lhe dar.

Liz
Local: Centro de Demacia

Liz sentiu alguém a agarrar-lhe o ombro e ouviu uma voz feminina a pedir para que se acalmasse.
- Desculpe desculpe! Não reparei que estava aí. Você molhou-se? Está bem? - Liz encontrava-se muito mais preocupada com a senhora do que consigo mesma. Ela também devia estar encharcada!
Se bem que a senhora foi bastante atenciosa em comparação a maior parte das pessoas. Liz tinha medo de algumas atitudes. De vez em quando tratavam-a mal por ser cega dizendo que ela devia de ser internada para não estorvar as pessoas "normais". Aquelas mentalidades revoltavam-na e foi por isso que lutou vários anos, juntamente com o seu marido para ganhar dinheiro e viajar até Piltover para reverter a situação. Ela só queria era voltar a ver e não ser mais nenhuma coitadinha ou doente à vista das outras pessoas.
A mulher ajudou-a a sentar-se e disse que já voltava. Uma vez sentada, Liz tremia por todos os lados com o copo de café meio cheio e o bolo (já meio esborrachado devido à força que fez acidentalmente) ainda na mão. No entanto não sabia onde estava a sua bengala. Quando a mulher regressou e entregou-lhe alguns guardanapos, no que Liz começou a limpar-se onde se sentia molhada.
- O-obrigada. Você está bem? Sabe onde está a minha bengala?

Clarissa
Local: Exterior da Mansão Buvelle

Clarissa olhou na direcção apontada pelo rapaz, pensativa por alguns momentos. Se levasse o rapaz a qualquer outro local que não o quartel em primeiro lugar, estaria em maus lençóis. Aliás, o seu turno já tinha terminado e não se havia apresentado no final deste, o que significava que ainda tinha mais pressão acrescida para se apresentar. Foi então que se lembrou que podia fazer algo mais simples - se perguntasse ao rapaz o seu nome (e o dos pais), podia procurar nos arredores da rua que este havia indicado, certamente algum vizinho a conseguiria ajudar.

"Certo. Podes-me explicar melhor daqui a pouco.", deu-lhe um pequeno toque no ombro, para lhe indicar que podia seguir em frente. "O meu nome é Clarissa. Qual é o teu?", a apresentação era simultaneamente necessária e também era a forma de Clarissa tentar desviar a mente do rapaz do local para onde o estava a levar.

Ao fim de algum tempo, depois de caminharem pelas ruas secundárias ao círculo onde se encontravam as mansões das grandes famílias de Demacia, depararam-se com um edifício que embora imponente, não se comparava em tamanho às mansões que haviam visto anteriormente. O quartel da guarda Demaciana que se encontrava naquele local ostentava as cores de Demacia, a bandeira do país ondulando na sua entrada seguindo os movimentos do vento.

A porta de entrada estava aberta, com dois guardas em cada um dos lados. Estes observavam-na a ela e ao rapaz que a acompanhava, ao mesmo tempo que Clarissa deu uma vez mais um toque no ombro do rapaz - este fora mais demorado, como se a guarda lhe tentasse dar alguma coragem para avançar.

"É um edifício assustador, eu sei. Mas as pessoas que aqui estão zelam pelo bem estar de Demacia todos os dias.", agora que pensava nisso, não sabia até que ponto o que havia dito serviria para o acalmar.

"Vamos entrar?"

LUCIAN
Local: Casa de Leanna

Não queria mesmo nada ser um incomodo mas já que Leanna já tinha algo pronto seria falta de educação rejeitar.
- "É que, não queria incomoda-la ainda mais, mas sendo assim agradeço-lhe!" - disse sentando-me rapidamente numa cadeira, um café vinha mesmo a calhar. - "E faço-lhe também mais um bocado de companhia." - disse com um sorriso.

Leanna
Local: Casa da Leanna

- Não incomoda nada! - disse eu meio envergonhada pelo meu comportamento - Vou preparar umas torradas rapidinho! Pode servir-se do café que está aí em cima da mesa.
Nisto dirigi-me até à lareira da cozinha que ardia lentamente. Dei um jeito nas brasas com a tenaz e fui de seguida buscar as grelhas do pão e algumas fatias de pão do dia anterior. Coloquei o pão dividido na grelha e sentei-me num banquinho ao lado da lareira a segurar a grelha em cima das brasas. Quando senti que de um lado já estavam a ficar tostadas, virei e aguardei mais um bocado.
Quando ambas as faces das torradas já estavam bem tostadas, levei a grelha para a mesa pousando-a em cima de uns panos. De seguida fui buscar a manteiga e uma faca e finalmente sentei-me em frente a Lucian, abrindo a grelha e tirando uma torrada. Barrei-a e estiquei-lha:
- Tem aqui uma torrada quentinha! - disse com um sorriso. Assim que ele agarrou nela, comecei a barrar outra para eu comer.

LUCIAN
Local: Casa de Leanna

Já sentado servi-me do café ainda quente e dei um golo enquanto Leanna preparava a torrada. Estava-me a saber pela vida um café logo de manhã, assim que ela ofereceu a torrada peguei e comecei logo a comer. Com a boca cheia fiz um sinal de afirmativo com a mão indicando que a torrada estava uma maravilha.
- "Trabalha hoje?" - perguntei ao fim de esvaziar a boca.

Leanna
Local: Casa de Leanna

- Sim trabalho. Tenho que limpar uma casa daqui a... - virei-me e olhei para o relógio da parede - ...uma hora! - e voltei-me rapidamente fazendo com que os meus longos cabelos loiros esvoaçassem à minha frente.

LUCIAN
Local: Casa de Leanna

Leanna iria trabalhar dali a uma hora e eu apesar de me apetecer ficar mais tempo a descansar tinha que investigar o que raio aconteceu comigo ontem. Acabei de tomar o café e comer a tosta e levantei-me, estava na hora de me despedir e partir.
- "Eu tenho tenho que tratar de uns assuntos. Olhe Leanna, obrigado por tudo, qualquer coisa também sabe onde me encontrar." - disse-lhe dando um abraço caminhando de seguida até à saída.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Tinha ficado deitado no chão enquanto Sona arrumava as suas coisas. As diferenças sociais entre nós eram enormes, não só a casa, mas os hábitos, eu nem sequer tinha pensado em desfazer a mala e arrumar as coisas. Já ela parecia que tinha tudo pensado.
"Bem que achas de irmos comer qualquer coisa ou preferes tomar um banho primeiro? Não sei se quero mais comer ou dormir" dei uma risada enquanto me levantava

Sona
Local: Mansão Buvelle

Ouvi a pergunta de Graves e peguei no meu caderno:
- Temos definitivamente que ir comer alguma coisa. Mas preciso de tomar um banho primeiro, não posso ir assim para a rua. Queres vir? - depois de escrever a minha resposta, entreguei o caderno a Graves.
Enquanto ele lia, desapertei o fecho do meu vestido e retirei um braço para fora, deixando o vestido meio descaído mas ainda não o suficiente para se ver o meu sutiã. Sorri para ele de maneira marota.

Graves
Local: Mansão Buvelle

Sona passou me o caderno e nele vinha um convite delicioso.
Rapidamente coloquei-me atrás dela beijando-lhe o pescoço. " Se algum dia eu recusar esse convite pega na destiny e dispara sobre mim." - disse-lhe enquanto a ajudava a despir o vestido.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Graves não perdeu tempo e veio logo para trás de mim, beijando-me o pescoço. Senti o meu tronco todo imediatamente a arrepiar-se. Sorri perante o seu comentário e tentei facilitar-lhe ao máximo o trabalho de me tirar o vestido. Quando este caiu no chão, só restava a minha roupa interior. Nunca me imaginara a partilhar a banheira do meu quarto com um homem ou mesmo a apaixonar-me por um por isso nunca me preocupara em comprar lingeries. A minha roupa interior era simples e confortável.
A tentar provocá-lo, corri até à casa-de-banho que estava dentro do meu quarto e fingi esconder-me dele. Noutro dia qualquer o banho já estaria preparado por um dos empregados. Agora teria de ser eu a fazê-lo, se bem que não era nada de difícil. Enquanto esperava que ele viesse para perto de mim, pus a água quente a correr. Tinha uma banheira que dava à vontade para duas pessoas, felizmente. E estava com intenções de enchê-la e colocar alguns sais na água. Felizmente todos os meus produtos de higiene e beleza ainda estavam à beira da banheira, prontos a serem usados.

Leanna
Local: Casa de Leanna

Depois de tomarmos o pequeno-almoço, Lucian disse que tinha alguns assuntos a tratar. Eu também tinha que me despachar pois não queria chegar em cima da hora. Ele antes de sair aproximou-se de mim e abraçou-me, um gesto que não estava à espera e deixou-me bastante nervosa e corada.
- Ahm, sim. Eu é que agradeço por tudo o que aconteceu ontem. Obrigada Lucian. - respondi desfazendo o abraço. As minhas faces estavam totalmente rosadas.
Acompanhei-o até à porta e despedi-me dele com um aceno. Depois voltei para dentro e fui-me arranjar para ir trabalhar.

"Mestre"
Localização: Casa de Vayne

Enquanto estava a comer, acabei por terminar e adormecer sem dar pelas coisas que tinham acontecido. Quando acordei, a Vayne já tinha ido embora. Levantei-me, lentamente, e caminhei em direção à porta. Já ia tarde de mais, Vayne já tinha ido embora e não havia nenhum sinal dela.
"Tive uma oportunidade e perdi-a... Não a posso deixar fugir novamente..." - pensei, saindo em direção à cidade.

ALI
Local: Quartel da Guarda Demaciana

A senhora guarda conduziu Ali para longe da mansão, o que para o pequeno foi um alívio. Ainda assim, Ali foi olhando por cima do ombro várias vezes para ter a certeza de que o homem de barbas não viria atrás deles com a sua arma em riste. A sua preocupação era tal que Ali nem se apercebeu que estava a tomar o caminho contrário ao que o levaria a casa. Até quase lhe passou ao lado o momento em que a guarda se apresentou, mas foi só quase.
- O meu nome é Ali. - respondeu ainda com uma ligeira distracção.
Quando Clarissa parou em frente a um edifício mais modesto do que aquele de onde vinham, o rapaz estacou. À entrada encontravam-se dois homens com vestes iguais às de Clarissa e que envergavam expressões tão sérias como a do homem de barbas. Só lhes faltava a pistola.
Ali recuou um passo mas deteve-se ao sentir a mão de Clarissa tocar no seu ombro. Não queria entrar naquele lugar de aspecto hostil mas as suas ideias de escapulir há muito haviam desaparecido. Levou uma mão ao peito, onde o homem de barbas o pisara e coçou-se. O coração batia-lhe tão fortemente que parecia que todo o tronco lhe doía. Entre-olhou a guarda demaciana uma última vez e depois avançou devagarinho como se o prolongamento daquela curta caminhada lhe trouxesse alguma vantagem.


Última edição por Sanguinia em Qua Out 17, 2018 10:29 pm, editado 1 vez(es)
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Demacia Empty Re: Demacia

Sáb Out 06, 2018 4:08 pm
LUCIAN
Localização: Estalagem

Leanna acompanhou-me até à porta e despedimos-nos mais uma vez com um aceno. Continuei a caminhar desta vez pelo percurso inverso até à Estalagem, depois do que aconteceu ontem já não me sentia tão seguro aqui, só havia uma coisa a fazer.

Entrei na estalagem e fui direito ao meu quarto, lá retirei um papel e coloquei-o na secretária em que esta já continha um utensílio de escrita. Molhei a pena no depósito de tinta e comecei a escrever: "Vem ter comigo ao refúgio quando o sol morrer, Urgente. - Lucian" De seguida dirigi-me à recepção e perguntei se alguém fazia entrega de cartas, a senhora chamou um miúdo novo e eu entreguei-lhe a folha de papel seguido da morada junto com umas moedas.

A carta estava destinada a um velho contacto que tinha por Demacia com bastante influência na realeza, tinha-mos sido amigos de infância mas deixamos-nos de falar da pior maneira, ele não gostou nada do facto de me ter tornado no que sou hoje mas duvido que ignorasse um pedido de ajuda meu. O local seria no refúgio mais conhecido como o Porto da capital ao por do sol, só eu e ele tratava-mos o Porto como refugio.

Ao fim de tratar daquele assunto voltei para o meu quarto e comecei a escolher roupas vulgares, iria fazer umas compras antes de me encontrar com ele.

Clarissa
Local: Quartel da Guarda Demaciana

O nervosismo do rapaz era aparente, mas Clarissa pouco podia fazer para o acalmar - aliás, tendo em conta o que se seguia, se ele não estivesse nervoso naquele momento certamente o estaria dali a pouco. Ainda assim, reconhecendo o seu estado de espírito, Clarissa respeitou o seu passo e não o forçou a caminhar de forma mais apressada.

No interior do edifício, conversou com um guarda presente de forma a entender onde estava a pessoa que procurava e depois de obter informações, indicou o caminho que iam seguir a Ali. Conforme avançavam, iam atraindo o olhar de alguns dos presentes, pelo que Clarissa procurou apressar o pequeno rapaz na sua frente. Chegaram por fim a uma porta, que se encontrava fechada naquele preciso momento. Estendeu o braço e bateu à porta, pousando depois a mão novamente sobre o ombro de Ali enquanto esperava uma resposta do outro lado.


Lux
Local: Centro de Demacia

Voltei para perto da senhora que parecia necessitar de alguma ajuda, nomeadamente para encontrar a sua bengala que estava caída no chão e ainda com alguma distância. Humildemente, a senhora naquele estado de nervosismo ainda demonstrava uma grande preocupação para comigo.

"Eu estou bem, acredite. Vamos preocupar-nos consigo, com as suas roupas e comida!" - tentei acalmá-la, ao mesmo tempo que lhe apanhava a bengala do chão e lhe entregava calmamente para as mãos.

Sentei-me ao seu lado e entreguei-lhe o novo café não-entornado. "Beba. São os meus agradecimentos por me ter molhado apenas 1/4 da roupa." - dei uns pequenos risinhos para que a senhora ao meu lado se sentisse mais confortável e percebesse que podia conversar.
"Quando estiver mais calma, pode falar comigo se quiser! Vamos aproveitar esta manhã fresca."

Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

CONTEÚDO SEXUALMENTE EXPLÍCITO
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Graves
Local: Mansão Buvelle

CONTEÚDO SEXUALMENTE EXPLÍCITO
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Sona
Local: Mansão Buvelle

CONTEÚDO SEXUALMENTE EXPLÍCITO
Spoiler:
Senti-o a desapertar o meu sutiã e este ficou pendurado nos meus ombros. Não o queria largar mas acabei por livrar-me daquela peça de roupa que agora era inútil com alguns movimentos menos elegantes. Seguida pela motivação, acabei por puxar as minhas próprias cuecas para baixo e afastei-as com os pés.
Estar nua perante ele era sempre um desafio para mim. Mas ele parecia gostar. Queria também deixar-me levar pelos meus instintos mas ainda não estava totalmente livre da voz de Lestara - e de Etwahl - na minha cabeça quando as situações se tornavam diferentes.
Queria despir-lhe os boxers, queria agarrar-lhe o membro com a mão e apertá-lo. No entanto, acabei por dar-lhe mais um beijo e depois entrei na banheira, deitando-me de barriga para cima. Olhei-o fixamente, à espera que ele se juntasse a mim. Queria arrastá-lo para perto, chamá-lo de maneira provocadora. Em vez disso fiquei simplesmente a contemplar o meu cabelo azul a boiar à minha volta. O que pensaria ele de mim?[/spoiler]

Graves
Local : Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

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LUCIAN
Localização: Loja, Capital

Saindo da estalagem caminhei até a uma loja na capital sem dar muito nas vistas, entrei na loja e cumprimentei o velho simpático que me perguntou se precisava de ajuda.

- "Estou só a recolher uns mantimentos." - respondi-lhe com um sorriso.

Ia estar aqui uma semana e não podia estar sempre a almoçar ou jantar fora, ter comida para cozinhar era importante e a Estalagem tinha um local próprio para isso.

Liz
Localização: Centro de Demacia

Liz nem queria acreditar na sorte que teve. A senhora, ou menina pois pela voz parecia-lhe bastante jovem, era bastante simpática tanto que lhe devolveu a bengala e trouxe-lhe outro café. Liz ainda tinha o seu bolo meio amassado na mão, mas ainda o iria comer.
- Obrigada muita vez, é muito amável! Muita gente não me trata assim... Consideram-me um estorvo por não conseguir ver. - desabafou enquanto levava o café quente aos lábios. Estava saboroso! - Mas felizmente isso vai mudar. Hoje ao fim do dia vou partir para Piltover e vou ser operada lá. Se tudo correr bem, devo de recuperar a minha visão, se não... - fez uma pausa de alguns segundos - Oh, que tenho a perder?

Graves
Local : Mansão Buvelle

Sona ia acalmando e eu também enquanto lhe fazia festas, o cansaço acumulado estava a tomar conta dos nossos corpos.

De repente Sona levantou-se e agarrou num frasco e mostrou-mo, olhei incrédulo para ela pois não sabia o que é que ela queria que eu fizesse com aquilo. "É para mim?"- perguntei

Sona
Local: Mansão Buvelle

A pergunta de Graves fez-me rir. Foi uma gargalhada silenciosa, obviamente. Mas não deixei de achar piada à situação. Nunca tivera que pedir a ninguém para me lavar o cabelo, portanto ia ser engraçado fazer a série de gestos que viria a seguir:
Apontei para o frasco - apontei para o meu cabelo - fiz o gesto de o esfregar - apontei para Graves.
Será que ele tinha percebido? Sentia-me uma tolinha.

Graves
Local : Mansão Buvelle

Sona com uma serie de gestos explicou-me que afinal era para lavar o cabelo dela. "AHHHH. Mas eu nunca o fiz, espero conseguir" - Disse-lhe enquanto tomava o champô e começava a derramar uma quantidade considerável na minha mão.
Ela tinha um cabelo enorme, e eu não sabia quanto champô iria ser preciso ou por onde começar. Decidi começar no topo da cabeça esfregando devagar. fui descendo pelas costas e apesar das pontas do cabelo estarem a flutuar na agua esfreguei também as pontas voltando a deixa-las cair dentro de agua. Liguei o chuveiro e tirei todo o sabão da cabeça dela e do cabelo e dos ombros.
"Espero que tenha feito um bom trabalho é a minha primeira vez a fazer isto".

Sona
Local: Mansão Buvelle

O comentário dele não me passou despercebido. Será que ele nunca tinha tomado banho com outra mulher? Era uma das coisas que lhe queria perguntar, sem dúvida. Se bem que provavelmente eu não tinha nada a ver com isso - também podia acontecer eu não gostar muito da resposta.
Quando ele começou a lavar-me o cabelo, fechei os olhos satisfeita e apreciei o gesto. Ele tentou lavar o meu cabelo todo, o que era uma tarefa complicada. Depois de o enxaguar, sorri e dei-lhe um beijinho leve na ponta dos lábios. Voltei a alcançar outro frasco mas desta vez fui eu que o coloquei nos meus cabelos - era uma máscara para o manter sedoso e saudável. Tinha que deixar o produto actuar durante alguns minutos, por isso voltei a pegar no meu champô e fiz sinal a Graves para fechar os olhos.
Mantendo-me de frente para ele, coloquei champô no seu cabelo e comecei a esfregar, tendo o cuidado de não deixar nada escorrer para os seus olhos que, mesmo fechados, podiam ficar a arder. Ele não tinha nem um quarto do meu cabelo portanto a lavagem era muito mais rápida. Comecei a massajar-lhe o couro cabeludo e depois lavei-lhe também a barba e o bigode.
Quando terminei, peguei no chuveiro e apontei-o para a sua cara, rindo-me sozinha. Tirei-lhe a espuma toda da cara, para ele poder respirar, e depois a do cabelo. Quando ele finalmente abriu os olhos, eu ainda tinha um enorme sorriso na cara. Não estávamos a fazer nada sexual mas eu estava a divertir-me bastante.

Graves
Local : Mansão Buvelle

"bluuugrhghhgrh"- Foi o som que fiz quando Sona me jogou agua para a cara. Era um dos problemas de ela ser muda, não havia avisos prévios. Quando abri os olhos Sona estava a sorrir para mim e com aquilo tudo também eu me desmanchei a rir. Era óptimo estar com a pessoa que gostava ambos nus na banheira a rir.

Sona
Local: Mansão Buvelle

Graves desmanchou-se a rir também, o que me deixou ainda mais bem humorada. Tratei então de tirar a máscara do cabelo com o chuveiro, lançando água para Graves de vez em quando na brincadeira.
Quando terminei, apercebi-me que estava na hora de lavar o corpo. Queria pedir-lhe para ser ele a fazê-lo mas tinha vergonha. Ele assim podia ver a sujidade que certas partes do meu corpo apanhara, já para não falar que teria de me tocar em tantos pontos críticos que provavelmente não íamos sair assim tão cedo da banheira.
Ainda a pensar no assunto, peguei na minha esponja e despejei o gel de duche em cima dela. Desta vez levantei-me mesmo dentro da banheira pois era difícil lavar algo que estava dentro de água. Completamente tímida, virei costas e Graves e comecei a lavar-me. A minha respiração estava pesada.

Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

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Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

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Graves
Local: Mansão Buvelle

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Lux
Local: Centro de Demacia

Já sentadas com os cafés nas mãos, reparei novamente no seu bolo desfeito... podia ter-lhe trazido um novo também, mas com a confusão distraí-me.
"Se quiser um novo bolo esteja à vontade para me pedir!"
Entre goles de café, a senhora começou por me agradecer pela simpatia: primeiro, não sou uma pessoa antipática de todo e segundo, eu iria sempre ajudar alguém bom na cidade de Demacia! Ao longo da conversa, a mesma acabou por desabafar sobre a sua cegueira e alguns problemas que lhe traziam, principalmente emocionais, pelo que me pareceu.
"É muito injusto! A sociedade não devia inferiorizar ninguém pelas suas características, mesmo que inconscientemente. Entendo que deve ser muito difícil para si, mas continuo a acreditar que se não fossem certas regras da sociedade cada um se aceitava melhor a si próprio. Mas é claro, se há uma cura para a sua cegueira é perfeito, parabéns! Você vai conseguir!"
Piltover era realmente uma cidade bastante capaz, eu acreditava mesmo na solução para esta senhora que se sentia um estorvo.

Entre a conversa, não pude deixar de relacionar Piltover com o Ezreal... até ao final do dia iria ponderar acompanhar a senhora até à cidade para poder procurar por ele, apesar de não saber mesmo por onde anda.

Sona
Local: Mansão Buvelle

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Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

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Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

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LUCIAN
Localização: Estalagem

Chegando à estalagem com as compras dirigi-me a uma divisão própria para cozinhar (nenhum quarto estava equipado com cozinha, havia um local para isso). A divisão estava vazia, preparei uma refeição simples e sentei-me numa das mesas a comer.
Ao fim de almoçar lavei os pratos e fui até ao meu quarto para descansar e esperar que as horas passassem, só agora é que o meu corpo tinha ficado dorido da porrada que tinha levado.

- TERÇA-FEIRA, HORA DO ALMOÇO -

Liz
Localização: Centro de Demacia

- Obrigada menina... - e esperei que ela me dissesse o seu nome - Eu sou a Liz, prazer. Eu já vi sabe... Mas aos 15 anos sofri um acidente terrível com ácido e perdi a visão. Felizmente conheci alguém que me amasse mesmo com a minha deficiência e o meu marido sempre me ajudou a fazer de tudo para recuperar a minha visão. Assim que surgiu esta oportunidade em Piltover, ele esforçou-se imenso a ganhar dinheiro para me poder ajudar. - fiz uma pausa enquanto terminava o meu café. De seguida virei-me para a mulher que me ajudou, tentando de algum modo fixar-me nela, e disse com muita convicção - Sabe qual é o meu maior sonho? Ver o meu marido pela primeira vez. Mal posso esperar... - e voltei a ficar direita reencostando-me ao banco onde estavamos, feliz e ansiosa.

Rid'war Arazed
Localização: Casa de Rid, Capital de Demacia

Fui acordado com um bater na minha porta, levantei-me ainda sonolento e fui abri-la, nem sabia que horas eram. Quando abri um miúdo novo exclamou:
"É aqui que mora o senhor Rid'war?"
"É sim." respondi meio a dormir.
"Isto é para si, com urgência." disse o miúdo entregando-me um papel para a mão. Nem tempo tive de dizer obrigado que o miúdo saiu logo a correr. Fechei a porta e dirigi-me até à cozinha enquanto lia a carta. "Lucian?" pensei confuso, só podia ser uma partida de alguém. Era impossível, mesmo alguém determinado como ele, sair da ilha das sombras vivo, nunca ninguém conseguiu tal feito, só podiam estar a gozar, levantei-me meio enervando e amassei a folha atirando-a para um canto. "Impossível, quem quer que esteja a fazer-se passar por ele não vai ter sorte" murmurei enquanto ia preparar algo para almoçar. Não tinha dedos para contar o número de pessoas que me queria ver morto, o facto de morar ao lado do colégio de magia e ter ajudado bastante a Luxanna a concluir os seus estudos deu-me alguma influência do que se passava dentro do reino e das famílias nobres mas nem toda a gente gostava disso e já não era a primeira vez que me tentavam 'arrumar', mas o facto de estarem a utilizar um velho amigo para isso só me dava vontade de ir lá e descobrir quem era o sacana mas é melhor não...

Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

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Pan
Local: Estalagem

Olhou para o rasto que tinha deixado atrás de si - excepto alguns baldes derrubados, nada de muito grave. Fugir às pessoas que o tinham tentado colocar para fora da estalagem tinha sido difícil, mas uma tarefa necessária.

Voltou a pousar o nariz no chão e caminhou, farejando enquanto prosseguia. O seu focinho peludo acabou por embater contra uma porta em específico - o seu faro não o enganava, o objecto que procurava encontrava-se ali. Na manhã do dia anterior, quando a estalagem se encontrava meio vazia, Pan tinha estado a brincar com os dois filhos do estalajadeiro - o seu dono a boa verdade, mas que raramente tinha tempo para lhe prestar atenção. As crianças tinham feito uma bola de trapos para Pan e tinham-se divertido a atirá-la e a fazê-lo correr de um lado para o outro.

Pan tinha-se divertido igualmente, tanto que queria repetir a experiência. Mas sem bola, isso não era possível. E ela encontrava-se atrás daquela porta. Encostou uma pata contra esta - nenhum resultado. Tentou ainda dar-lhe uma cabeçada. O resultado tinha sido o mesmo.

Lamuriou-se e começou a arranhar a porta, esperando que isso chamasse a atenção de alguém - de preferência alguém que não o colocasse do lado de fora do edifício.

Clarissa
Local: Quartel da Guarda Demaciana

Quando recebeu por fim uma resposta afirmativa do outro lado, Clarissa abriu a porta e depois de pedir licença, incitou Ali a seguir na sua frente e entrou de seguida, fechando a porta atrás de si.

Na sua frente e do pequeno rapaz encontrava-se um homem de cabelo preto com uma armadura mais ornamentada do que a dela, sentado atrás de uma secretária e que os observava sem nada dizer com os seus olhos negros como o seu cabelo, tentando perceber a situação.

"Bom dia, Capitão.", a voz atrapalhada de Clarissa denunciava o seu nervosismo, enquanto pensava nas palavras certas. "Lamento não me ter apresentado no final do meu turno, mas estive perante uma situação... delicada na Mansão Buvelle. Procurei resolver a situação com a menina Buvelle e isso implicou algum tempo.", olhou então para Ali por breves momentos e depois tornou a encarar o seu Capitão.

"Este rapaz foi encontrado no interior da mansão, tendo sido capturado pelos seus ocupantes. Ele...", antes que pudesse continuar, o capitão levantou uma mão para a interromper e apontou para o rapaz.

"Gostaria de ouvir o rapaz agora. O que estavas a fazer no interior dessa mansão?"


LUCIAN
Localização: Estalagem

Tinha-me deitado para ganhar algum tempo de sono mas após adormecer por uns minutos fui acordado com o som de arranhar na porta. Intrigado por tal som levantei-me da cama e fui abrir a porta, tal não é o mesmo espanto quando me deparo com um cão juvenil de pelagem castanha comprida, este continha uma expressão gentil e quando me viu deu uma pulo seguido de um latido.

- "Olá! Quem és tu?" - disse com um sorriso.

Sem demoras o cão farejou um pouco para o ar e de seguida passou pelo meio das minhas pernas desatando a correr pelo quarto a dentro.

Lux
Localização: Centro de Demacia

"Ah peço desculpa! Muito prazer Liz, o meu nome é Lux... quase igual." e ri-me baixinho.

A senhora contou-me a sua história e fiquei com alguma pena, mas logo logo o seu grande desejo ia ser cumprido: ver o homem que a ajudou, o homem que Liz amava. E em Piltover eles iam resolver-lhe o problema, de certeza.
"E onde está o seu marido agora, Liz?" esperei a sua resposta, enquanto ia surgindo uma ideia na minha cabeça... "Tive uma ideia, Liz! A senhora e o seu marido vêm almoçar à minha mansão antes de partirem para Piltover. Por favor!" e segurei-lhe nas mãos como forma de pedido.

Pan
Localização: Estalagem

A certa altura, a porta abriu-se. Pan deixou sair um latido de satisfação e quando se preparava para entrar no quarto, viu um homem na sua frente. Recuou uns passos para o observar, mas com a contraluz, o cão não conseguia ver o seu rosto bem. Saltou e equilibrou-se com as patas dianteiras no peito do homem, ladrando para este.

O homem falou-lhe na língua estranha dos humanos, mas não querendo passar por pouco inteligente, Pan respondeu-lhe de volta.

"Woof!", satisfeito com a sua resposta e depois de farejar um pouco o cheiro do homem, Pan voltou para o chão e quando voltou a sentir o cheiro que o tinha trazido até ali, ignorou a presença do humano e avançou para dentro do quarto.

Farejou o chão durante alguns momentos até parar perto da casota deste - costumava vê-los a dormir naquele local, como ele dormia na sua - e tentou enfiar o focinho no pequeno espaço que a separava do chão. A bola! Ali estava ela!

Estendeu depois a sua pata mas também esta não era suficiente para alcançá-la. Sentou-se no chão, lamuriando-se.

Liz
Localização: Centro de Demacia

Engraçado, tinhamos os nomes bastante parecidos o que me fez soltar um sorriso. De seguida Lux fez um pedido que não estava mesmo nada à espera. Primeiramente perguntou por Josh, o meu marido, e depois convidou-nos a ir almoçar na sua mansão. Mansão? Devia de ser alguém importante para morar numa mansão.

- Ahm, almoçar consigo? Na sua mansão? - disse eu bastante espantada enquanto sentia as suas mãos suaves e pequenas a segurarem as minhas. - Josh está a trabalhar e só sairá do trabalho ao fim da tarde perto da hora da nossa partida para Piltover. - disse meio atrapalhada. - A menina mora onde se não é indiscrição?

Sentia-me um bocado receosa ir a esse almoço sem Josh. Principalmente porque tinha acabado de conhecer aquela mulher e como não via não sabia ao certo para onde iria. Teria que a conhecer melhor, pois não iria arriscar ir para um sítio desconhecido sozinha.


Última edição por Sanguinia em Qua Out 17, 2018 10:47 pm, editado 2 vez(es)
Sanguinia
Sanguinia
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Demacia Empty Re: Demacia

Sáb Out 06, 2018 4:36 pm
Lux
Localização: Centro de Demacia

Liz parecia-me ter ficado um pouco atrapalhada com o convite inesperado, mas em seguida vim a saber que o seu marido também não se encontrava disponível, pois estava a trabalhar.
Para pôr Liz mais à vontade, tentei explicar-lhe um pouco de onde vinha "A minha casa fica na capital Demaciana, a mansão Crownguard. Nós fazemos parte dos serviços desta cidade."
Mas a senhora poderia simplesmente querer aproveitar a rua antes de partir na sua viagem "Mas se preferir almoçamos por aqui... Quer dizer, se quiser a minha companhia claro!"

LUCIAN
Localização: Estalagem

O cão parecia estar cheio de energia, depois de entrar no quarto e farejar mais um bocado chegou ao pé da cama e tentou alcançar qualquer coisa que estava por debaixo desta, sem sucesso sentou-se no chão lamentando-se.
- "Precisas de ajuda? Vamos ver o que temos aqui!" disse agachando-me e olhando para debaixo da cama.
Vendo uma bola de trapos estiquei o braço e agarrei-a.
- "É isto que procuras?" - disse levantando-me.
O cão encontrava-se agora super entusiasmado aos saltos, caminhei até ao corredor e agarrando com força a bola atirei-a.
- "BUSCA!" - greitei.

Liz
Localização: Centro de Demacia

A menina Lux acabou por explicar de onde vinha e qual a sua família. Não pude evitar abrir a boca de espanto quando ouvi que morava na mansão Crownguard. Uma das famílias mais importantes de Demacia! Por um lado até me sentia mal em ter recusado o convite, mas também podia ser qualquer pessoa a inventar uma história. De qualquer das formas, ela acrescentou que também podiamos almoçar por ali e que me iria fazer companhia.
- Adoraria ter a sua companhia Lux! Claro que se não for um incómodo. É que molhei-a toda e ainda quer almoçar comigo, definitivamente não estava à espera desse convite. Foi um bocado inesperado. - disse-lhe amavelmente. - De qualquer das formas não tenho nada para fazer hoje. Só ando a matar tempo para logo.

Lux
Localização: Centro de Demacia

Pelos vistos a senhora Liz demonstrava preferir ficar pela cidade em vez de passar as horas seguintes dentro de uma casa. Era realmente uma boa pessoa à primeira impressão, muito preocupada.
"Não tem problema, não sujou quase nada. Suja mesmo saio dos meus treinos na Escola de Magia..." parei um pouco para pensar, supostamente não escondia nada, mas também não era necessário toda a gente saber das minhas habilidades. "Bom, então a Liz tem alguma preferência pelo almoço?"

Enquanto me preparava para levantar e esperava pela resposta de Liz lembrei-me repentinamente do que o mestre me tinha dito: haviam alunos da academia em Demacia no momento.
"Liz, por acaso já conheceu alguém com os nomes Sona, Graves, Lucian ou Vayne? Acho que são assim."

Liz
Localização: Centro de Demacia

Magia? Aquela mulher sabia magia? Se bem que tinha ouvido rumores que alguém da família Crownguard sabia magia branca e que eram boas pessoas. Fiquei mais aliviada, o meu instinto dizia que ela era boa pessoa e de confiança.Esperava seriamente que assim continuasse. Abri a boca de espanto quando ela o disse, mas depois sorri quando ela perguntou pelo almoço.
- Aqui no centro há um excelente restaurante onde costumo ir com o meu marido. Eles já me conhecem e servem muito bem! Não fica muito longe daqui.
Levantei-me então para irmos ao restaurante e ela fez uma pergunta estranha: se conhecia alguém dos nomes que pronunciara. Só havia um que conhecia: Sona. Só conhecia uma e era Sona Buvelle uma artista fantástica! Uma vez que não podia ver, um dos meus passatempos preferidos era ir a concertos apreciar música. E Sona sem dúvida que era alguém que eu admirava imenso!
- Só conheço a menina Sona Buvelle, uma grande artista aqui de Demacia. Ela dá concertos fantásticos com... a sua harpa? O som parece uma harpa, mas disseram-me que o instrumento é bastante diferente. Sou sincera que não sei que instrumento é, mas que toca bem, toca!

Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

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Pan
Localização: Estalagem

Enquanto contemplava o triste cenário na sua frente, o homem aproximou-se e uma vez mais lhe falou naquela linguagem estranha. Pan observou-o enquanto este se ajoelhava e levantou-se, abanando a cauda curioso com o que este estava a fazer. Este levantou-se pouco tempo depois com a sua amada bola, o que o fez saltar uma vez e ladrar entusiasmado.

Seguiu-o apressado quando este caminhou para o corredor, nunca perdendo da sua vista a bola que estava na mão do homem. Assim que a bola saiu desta, desatou a ladrar e correu pelo corredor, virando a esquina quando a bola tomou também essa direcção.

A bola começava a perder velocidade, pelo que Pan deu um salto enorme e apanhou-a com a boca. Satisfeito consigo mesmo, nem notou que estava encaminhado para embater contra uma planta no meio do corredor. Quando o embate inevitável ocorreu, Pan ficou de pernas para o ar a lamuriar-se novamente - a bola permanecia na sua boca, porém, o que era suficiente para si.


Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
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Graves
Local: Mansão Buvelle

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LUCIAN
Localização: Estalagem

Assim que atirei a bola o cão lançou-se a grande velocidade atrás dela pelo corredor, poucos segundos de pois ouvi um estrondo, corri até à beira do cão, que agora se encontrava de pernas para o ar, e comecei a fazer-lhe festas na barriga.
- "Tens de ter mais cuidado!" - disse.

Dora
Localização: Estalagem

"Vida de pobre..." pensava Dora enquanto limpava um dos quartos da estalagem. O seu tom de pele nunca a ajudara a encontrar um emprego um pouco mais bem pago pois as pessoas tendiam a ter medo de si. Pessoas como ela podiam quase ser julgadas como selvagens devido às suas origens: Plague Jungles. Por muito que explicasse que as tribos que lá viviam eram tão humanas como outra pessoa qualquer, os olhares de lado nunca terminavam.
Felizmente, o dono desta estalagem não era preconceituoso e arranjara-lhe este trabalho. No entanto, era mal paga e trabalhava bastante.
Colocou os lençóis sujos dentro do carrinho que transportava consigo e trancou o quarto. Foi então que ouviu o barulho de algo a partir-se ao fundo do corredor. Deixando o carrinho para trás, correu na direcção do barulho e foi encontrar um homem com o mesmo tom de pele que ela a fazer festinhas num cão. Ao seu lado estava um vaso partido.
- Cachorros não são permitidos neste estabelecimento. É seu? - perguntou, anunciando assim a sua presença.

Sona
Local: Mansão Buvelle

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Graves
Local: Mansão Buvelle

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Sona
Local: Mansão Buvelle

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LUCIAN
Localização: Estalagem

Felizmente o cão não se tinha aleijado, no entanto uma voz feminina fez-se ouvir, perguntava se o cachorro era meu pois não eram permitidos. Olhei e vi que era uma empregada de limpeza da mesma cor que eu, - " Hu..N-Não, encontrei-o a bater à minha porta." - disse meio atrapalhado.

Lux
Localização: Centro de Demacia

A senhora Liz indicou um bom restaurante como possível hipótese para almoçarmos. Ao levantar-me, dei a entender irmos até ao tal restaurante onde ela e o seu marido costumavam ir, apoiando a minha mão levemente sobre o seu ombro para marcar a minha presença.
Ao mesmo tempo que caminhávamos para lá, Liz respondeu-me sobre os nomes que eu tinha questionado: ela conhecia a música de Sona. "Ahh sim, eu pergunto porque um Mestre disse-me que eles estavam por cá... e eu vou começar a estudar com eles."

Enquanto andávamos, fui pedindo à Liz para me caracterizar o restaurante de forma a podermos encontrá-lo.

Dora
Localização: Estalagem

- Peço desculpa, pensava que era seu. - disse Dora. - Deixe-me só ir buscar a pá e a vassoura antes que a Senhoria veja.
Quando Dora conseguira o seu emprego, ficara bastante feliz e agradecida para com o Senhorio da estalagem. No entanto, a sua mulher não gostava lá muito dela e normalmente culpava-a por qualquer tipo de acidentes por parte dos clientes. "Devias ter limpo mais depressa." "Devias ter avisado que não pode ser assim." "Devias ter previsto que aquilo ia acontecer."
Dora caminhou de volta ao seu carrinho e trouxe-o até ao sítio, assustando o cachorro devido à estrutura do mesmo. Tirou a vassoura e a pá e colocou-se de joelhos no chão, limpando os cacos do vaso que se partira. A Senhoria iria dar por falta dele, no entanto. Como é que ela iria resolver este problema? Ainda tinha aquele piso de quartos todos para limpar; não podia simplesmente abandonar o seu trabalho e sair para comprar um vaso novo.
- Senhor, acha que me pode ajudar? - acabou por perguntar. - É preciso substituir o vaso o quanto antes. Eu dava-lhe o dinheiro e o senhor fazia-me esse favor...

Liz
Localização: Restaurante

Fomos juntas pelas ruas Demacianas à procura do restaurante. Eu contava mentalmente os passos que davamos e passado alguns viramos à esquerda, depois mais à frente à direita e passado pouco tempo tinhamos chegado. Eu tinha decorado aquele caminho já há bastante tempo.
- Aulas? A menina Lux também toca música? - perguntei curiosa pois foi a situação que fez mais lógica na minha cabeça. Ou será que a menina Buvelle também sabia magia? Provavelmente não... - É aqui o restaurante! - disse enquanto esticava a mão para abrir a porta.
O cheiro a comida e os barulhos característicos daquele local indicaram-me que estava no sítio certo. Um empregado conheceu-me logo e encaminhou-nos para uma mesa. Pedi o meu prato do costume e depois de Lux pedir o seu, fomos servidas quase de imediato. Aquele local tinha sempre pratos a sair.
- Espero que goste da comida daqui. Eu acho deliciosa! - comentei antes de começar a tatear à procura dos talheres para iniciar a refeição.


Graves
Local: Mansão Buvelle

CONTEÚDO SEXUALMENTE EXPLÍCITO
Spoiler:

LUCIAN
Localização: Estalagem

A senhora pediu desculpa pois pensava que eu era o dono, de seguida limpou os cacos com uma vassoura e pá e perguntou-me se lhe podia ajudar.
- "Com certeza." - respondi-lhe. - "E desculpe lá pelo incomodo. " - disse enquanto recebia o dinheiro.
De seguida saí da estalagem e entrei na loja mais próxima que vendia vários vasos.

Pan
Localização: Estalagem

Enquanto se lamuriava, sentiu de repente uma sensação agradável na sua barriga. O seu olhar focou-se no homem com quem tinha estado até há breves momentos atrás, tendo deixado a bola abandonar a sua boca para que pudesse ladrar. Antes que pudesse continuar naquele momento de excelência, porém, uma empregada da estalagem - que já tinha visto previamente - chegou e dirigiu-se ao homem. Não sabia do que se tratava, mas esperava que fosse para lhe dar de comer. A julgar pela reacção do humano ao seu lado, porém, ou estava encantado com a moça na frente deles ou as coisas não pareciam positivas para obter comida.

Como era costume, porém, antes de melhorarem as coisas pioraram. A empregada trouxe um dos artifícios do mal dos humanos, quase que o levando na frente - Pan levantou-se rapidamente e ladrou para a parte de baixo, dando uma patada numa das coisas redondas. Se não mostrasse medo, nada lhe aconteceria.

Enquanto isso, e depois de demonstrar a sua dominância perante aquela criatura andante, reparou que lhe estava a passar umas moedas para a mão. Pan sabia o propósito daqueles pequenos círculos - além de lhe terem quase partido um dente uma vez, os humanos pareciam gostar delas em troca de comida. Não sabia porquê - parecia-lhe a ele óbvio que comida sabia melhor que aqueles círculos, mas os humanos tinham hábitos estranhos desde que se lembrava. Como lhe coçavam a barriga, tendia a esquecer-se disso e a aproveitar a parte boa.

Com essa ideia em mente, seguiu o homem para fora da estalagem em direcção a uma loja, convicto de que este partilharia consigo uma refeição. Ao chegar à entrada da loja para a qual este se tinha dirigido, ladrou duas vezes e sentou-se à porta, esperando que o seu companheiro entrasse. Seria um bom rapaz e ficaria ali fora à espera.

- TERÇA-FEIRA, TARDE -

Sona
Local: Mansão Buvelle

CONTEÚDO SEXUALMENTE EXPLÍCITO
Spoiler:


Dora
Localização: Estalagem

O homem acabou por aceitar ajudá-la. Dora deu-lhe o pouco dinheiro que tinha no bolso da sua farda e inspirou fundo enquanto o viu a caminhar pelo corredor da estalagem em direcção ao exterior. Agora teria de aguardar e rezar para que ele chegasse a tempo de que a sua patroa não reparasse no vaso que estava em falta.
Voltou então às suas tarefas pois precisava de adiantar trabalho.

Mateus
Localização: Loja artesanal

A loja encontrava-se vazia e ainda não tinha entrado nenhum cliente desde a hora de almoço, aproveitei para varrer o chão quando entrou alguém na loja, era um jovem de cor que dando um bom dia começou logo a observar todos os vasos da loja.
"Bom dia. Posso ajuda-lo?" Perguntei.
Disse que tinha partido um vaso que procurava um substituto do mesmo tipo. Dando a descrição fomos os dois procurar pela loja a ver se havia algum igual, caso não houvesse teria que fabricar um o que iria demorar algum tempo.
"Está com sorte meu caro, ora veja se não é isto?" perguntei-lhe enquanto levantava um vaso igual ao que ele descreveu.
Bingo! Era mesmo aquilo, já com a compra efectuada o jovem partiu com um obrigado e um sorriso nos lábios.

LUCIAN
Localização: Loja artesanal

Assim que entrei na loja cumprimentei o dono com um "Bom dia" e tratei logo de procurar por um vaso igual ao que tinha partido. O dono da loja era um senhor já de idade com cabelos brancos e pelas suas mãos rugosas dava para ver que já fazia aquele trabalho à muitos anos, perguntou-me se precisava de ajuda.
"Sim por favor, tive um pequeno acidente e acabei por partir um vaso, estava à procura de um substituto." respondi-lhe descrevendo mais ou menos como era o vaso. (Pelos cacos espalhados pelo chão deu para ver mais ou menos como era)
O senhor ajudou-me a procurar e algum tempo depois ergueu um vaso no ar exactamente igual à imagem que tinha formado do vaso quebrado. "É mesmo isso sim senhor!" respondi-lhe preparando-me para efectuar o pagamento.
Guardei o dinheiro que a mulher me tinha dado num bolso e do outro retirei o meu saco pessoal de moedas pagando o valor do vaso. O dinheiro dela fazia-lhe muito mais falta, e a culpa tinha sido minha, se não tivesse atirado aquilo o vaso não se tinha partido.
"Bem, tenha um resto de um bom dia e obrigado!" disse enquanto saia da loja com o vaso.

Localização: Estalagem

Assim que cheguei à Estalagem voltei logo para o sitio onde o vaso se tinha partido e coloquei o novo, nem dava para perceber. Olhei em volta e fui procurar a senhora das limpezas, ela encontrava-se a limpar um dos quartos. Bati à porta e esperei pela sua atenção, "Voltei! E encontrei um mesmo igual ao que se partiu, ninguém se vai aperceber." disse-lhe enquanto me aproximava dela. Peguei numa das mãos dela pela palma e coloquei as moedas que ela me tinha dado. "Tome, e não se preocupe." disse-lhe retirando-me de seguida em direcção ao meu quarto. Estava quase na hora de me encontrar com o Rid, só esperava que ele tivesse lido a mensagem...

Dora
Localização: Estalagem

Dora encontrava-se a limpar um dos últimos quartos daquele andar quando o homem com a cor igual apareceu. Depositando-lhe as moedas que ela lhe dera na sua mão, pediu-lhe que ela não se preocupasse e depois foi-se embora, sem lhe dar tempo sequer para agradecer. Dora ficou alguns segundos com o dinheiro na mão, sem saber muito bem o que fazer. Ele tinha-lhe feito um favor e ainda pagara ele! Ainda existiam boas almas neste mundo.
Guardando o dinheiro de volta na sua carteira, terminou a limpeza daquele quarto e depois foi arrumar o carrinho das limpezas no seu sítio.

Graves
Local: Mansão Buvelle

CONTEÚDO SEXUALMENTE EXPLÍCITO
Spoiler:

Sona
Local: Mansão Buvelle

CONTEÚDO SEXUALMENTE EXPLÍCITO
Spoiler:

LUCIAN
Localização: Porto, Capital

Troquei de roupa para algo mais discreto, optei por um casaco fino com carapuço. De seguida saí e partir até ao porto, tinha-mos combinado ao por do sol, o que ainda faltava, mas mais valia ir cedo. Chegando ao porto sentei-me no banco mais próximo com a vista para os barcos, este que estavam a ser limpos, saudades desta paisagem, pensei para mim.

Rid'war Arazed
Localização: Casa de Rid, Capital de Demacia

O dia passou e o sol já caia, estava a começar a preparar para fazer o jantar, mas o pensamento de que tal pessoa pudesse ter voltado não me saia da cabeça, enquanto a água fervia andava de trás para a frente a pensar como é que ele pudesse estar vivo ou porque raio haveria de estar alguém a fazer-se passar por ele. Sem demoras agarrei no meu casaco e saí de casa em direcção ao local combinado, além do casaco trazia comigo uma pequena navalha para o caso de as coisas correrem mal.

Localização: Porto, Capital

Com bastante cautela cheguei ao porto, observei o meu redor e não havia nada que me chamasse muito a atenção, alguns barcos estavam a acabar de chegar e os mercadores a prepara para fecharem as suas bancas, excepto uma figura de capuz sentada logo no primeiro banco.
O meu coração começou a bater mais forte, estava nervoso, não sabia o que podia acontecer daqui para a frente, mas por fora estava sereno e calmo. A passos lentos fui-me aproximando dessa figura com uma mão pronta a retirar a navalha a qualquer momento, sentia a brisa a passar-me na cara e o ambiente a ficar tenso, mas assim que vi as suas mãos e a sua figura séria senti-me mais aliviado, era ele. Sentei-me ao seu lado e pus-me a observar o por-do-sol.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra, mas tu não pareces um deles...Lucian."
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